A China apresentou oficialmente aquele que afirma ser o único míssil hipersónico nuclear de longo alcance do mundo, designado JL-1, marcando um avanço significativo na sua capacidade militar estratégica.

O míssil, exibido publicamente durante o desfile do Dia da Vitória de 2025, reforça a modernização acelerada das forças armadas chinesas e levanta preocupações no equilíbrio militar global.

Míssil JL-1 tem um alcance estimado de 8 mil km

O JL-1 é um míssil balístico lançado a partir do ar, concebido para ser transportado pelos bombardeiros estratégicos chineses H-6N, que fazem parte da tríade nuclear do país. Com um alcance estimado de 8.000 km, o míssil amplia drasticamente a capacidade de projeção de força da China, permitindo atingir alvos em longas distâncias sem depender de plataformas terrestres ou marítimas.

Ao contrário dos mísseis supersónicos ou subsónicos utilizados por outras potências, o JL-1 combina velocidade hipersónica, longo alcance e capacidade nuclear (algo que nenhum outro míssil tem).

O JL-1 é considerado uma versão adaptada do míssil terrestre DF-21, um modelo de médio alcance amplamente utilizado pela China. A adaptação aérea permite ao míssil contornar sistemas de defesa regionais, como o THAAD, Aegis Ashore e o escudo antimíssil norte-americano em Guam.

A apresentação do JL-1 marca um ponto de viragem na estratégia militar chinesa. Ao combinar alcance intercontinental, velocidade hipersónica e capacidade nuclear, o míssil coloca a China num patamar tecnológico que ultrapassa, nesta área específica, os EUA e a Rússia.