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Muitos nunca ouviram falar da gonorreia ou de doenças do trato genital masculino que podem comprometer a fertilidade.

Doenças do aparelho reprodutor? Fertilidade afetada? Bem-estar, saúde sexual? A maioria dos homens portugueses pouco ou nada sabe disto.

Não fazem ideia do que é orquite (inflamação do testículo) ou epididimite (inflamação do canal que transporta e armazena os espermatozoides).

A maioria pouco ou nada sobre gonorreia (infeção sexualmente transmissível), infertilidade secundária (dificuldade em engravidar depois de já ser ter um filho), sobre ejaculação retrógrada (o sémen entra na bexiga em vez de sair durante o orgasmo).

Estas são as conclusões principais do inquérito “Atitudes em relação à fertilidade masculina”, realizado pela GFK: mais de 40% dos homens admitem que nunca ouviram falar destas doenças.

Samuel Ribeiro, especialista em medicina da reprodução, lembra que as mulheres são vigiadas desde cedo (com consultas de ginecologia, rastreios e campanhas de sensibilização). “É preciso criar rotinas e campanhas específicas para eles”, sugere o diretor clínico do IVI Lisboa, em comunicado enviado ao ZAP.

Em Portugal, quase nenhum homem vai a consultas preventivas; as campanhas de sensibilização são pontuais – e focadas no cancro da próstata e dos testículos.

O que há é “manifestamente insuficiente. É preciso reforçar a prevenção e a educação em saúde masculina ao longo de todo o ano”, acrescenta o especialista.

Ainda segundo o inquérito, o desconhecimento chega a homens de todas as idades, sobretudo entre os 40 e os 50 anos, quando o défice de informação se torna mais evidente.

Além disso, dois terços (67%) dos homens pouco ou nada se preocupam com a possibilidade de poderem vir a ter problemas de fertilidade.


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