O equipamento de controlo de segurança dos aeroportos capaz de ler o conteúdo de grandes recipientes de líquidos poderá ser instalado em breve em toda a UE, o que significa que os passageiros deixarão de ter de garantir que não têm garrafas com mais de 100 ml quando viajam.
A notícia foi avançada pelo jornal italiano ‘Il Corriere della Sera’, sendo que a Comissão Europeia confirmou à Euronews que a mudança está a ser preparada.
De acordo com as atuais regras da UE, os líquidos, aerossóis e géis (LAG) incluídos na bagagem de mão devem, em geral, ser embalados em recipientes que não contenham mais de 100 ml, embora estejam previstas exceções para dietas especiais, produtos para bebés e medicamentos, porque os equipamentos de segurança tradicionais, como as máquinas de raios X, não conseguem detetar eficazmente os explosivos líquidos.
No entanto, estão atualmente disponíveis novos sistemas de deteção de explosivos para a bagagem de cabina, que foram instalados em alguns aeroportos da UE – como em Roma e Milão – e que permitiriam aos passageiros transportar a bordo recipientes líquidos maiores.
No entanto, por razões técnicas, a Comissão Europeia impôs uma restrição temporária aos novos sistemas de deteção de líquidos no verão passado, o que fez com que a regra dos 100 ml se mantivesse.
Desde então, a Comissão tem tentado resolver a questão, trabalhando com a Conferência Europeia da Aviação Civil (ECAC na sigla original) para desenvolver soluções técnicas adequadas.
Uma solução de rastreio que foi testada com êxito foi aprovada pela ECAC em junho último. Agora, cabe a cada fabricante submeter o seu equipamento aeroportuário aos testes. Assim que o equipamento de deteção obtiver a aprovação da ECAC, pode ser carimbado para aprovação da UE, permitindo o rastreio de recipientes de líquidos com mais de 100 ml.
Depois de receber esta aprovação, o equipamento pode ser utilizado nos aeroportos, o que poderá acontecer “nos próximos dias”, de acordo com um porta-voz da Comissão.
No entanto, nem todos os aeroportos da UE estão equipados com os novos sistemas de deteção de explosivos, que são geralmente mais caros do que os sistemas de rastreio tradicionais.