Os líderes da União Europeia reúnem-se esta segunda-feira, em Angola, com o objetivo de abordar o processo de paz para a Ucrânia. Este encontro em Luanda realiza-se após um convite do presidente do Conselho Europeu, António Costa, e à margem da cimeira entre União Europeia e União Africana.

“O trabalho continua. Convidei todos os líderes dos 27 para um encontro especial sobre a Ucrânia à margem da Cimeira UE-UA em Luanda, na segunda-feira”, anunciava Costa, no passado sábado, na rede social X.

“Acolhemos os esforços contínuos dos Estados Unidos para levar a paz à Ucrânia”, escreveria ainda o presidente do Conselho Europeu, citando o comunicado conjunto assinado por vários líderes europeus, do Japão e do Canadá, que se reuniram à margem da Cimeira do G20.“O esboço inicial do plano de 28 pontos inclui elementos importantes que serão essenciais para uma paz justa e duradoura. Acreditamos portanto que o esboço é uma base que vai requerer trabalho adicional”.

A Europa preparou já uma contraproposta ao plano de Donald Trump. Ao invés de 600 mil militares, a Ucrânia poderia manter uma força de 800 mil militares em tempo de paz.

Telejornal | 23 de novembro de 2025

Por ou lado, a decisão de adesão à NATO passaria por um consenso entre os Estados-membros da Aliança Atlântica e esta concordaria em não manter na Ucrânia uma força permanente.


Kiev seria “compensada financeiramente”, o que se materializaria com recurso a bens russos congelados, até que Moscovo pagasse os danos causados no país
.

O país invadido teria de prometer não recuperar território ocupado através de ações militares e fazer eleições assim que possível, depois da assinatura de um acordo de paz, recebendo garantias de proteção dos Estados Unidos.O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, afirmou que o plano de paz para a Ucrânia proposto por Donald Trump é “insuficiente” para os objetivos europeus.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, veio vincar que as fronteiras da Ucrânia não podem ser alteradas pela força.

“Quadro atualizado e aperfeiçoado”

Em comunicado conjunto, emitido no domingo, norte-americanos e ucranianos declararam que, após conversações em Genebra, foi desenvolvido “um quadro de paz atualizado e aperfeiçoado”, enfatizando que “qualquer acordo futuro deve respeitar plenamente a soberania da Ucrânia”.

“A delegação ucraniana reafirmou a sua gratidão pelo forte compromisso dos Estados Unidos e pessoalmente do presidente Donald J. Trump pelos esforços incansáveis para

A aprovação do novo plano para a paz depende dos presidentes de ambos os países, que continuarão a “trabalhar intensamente em propostas conjuntas nos próximos dias” e “em estreito contacto com os parceiros europeus à medida que o processo avança”.No teatro de guerra, um novo ataque russo contra Kharkiv fez pelo menos quatro mortos e 17 feridos.

Volodymyr Zelensky deixou uma avaliação e sinal positivo dos encontros em Genebra Genebra.

Menos efusivo do que o teor do comunicado conjunto, o presidente ucraniano limitou-se a confirmar que as alterações ao plano norte-americano foram gizadas olhando à posição do seu país.

Por seu turno, o secretário de Estado norte-americano reconheceu, em Genebra, que subsistem pontos a rever no plano. Todavia, segundo Marco Rubio, “nenhum deles é insuperável”.

c/ agências