Novo Jornal/Lusa
24 de Novembro 2025 às 09:34
O projecto, com 7,3 quilómetros de extensão, ligando o Memorial António Agostinho Neto ao viaduto da Corimba, inclui três viadutos e 26 quilómetros de vias urbanas destinadas a reforçar a ligação entre os principais eixos que unem o sul de Luanda ao centro da cidade. A obra, a cargo da Mota-Engil, prevê a construção de estações de tratamento de águas residuais para tratar os efluentes, que são hoje lançados directamente no mar.
As informações foram avançadas este domingo pelo diretor nacional de Infraestruturas Urbanas, Simão Tomé, que, citado pela Lusa afirmou que serão erguidas 2.000 habitações, de várias tipologias, para realojar as famílias que terão de ser retiradas daquela faixa. Também os pescadores que exercem a sua atividade na zona serão realojados, informou.
Simão Tomé diz que esta obra visa melhorar a mobilidade, resolver problemas de drenagem pluvial e de águas residuais e impulsionar o desenvolvimento urbano, integrando vias, viadutos, habitação e sistemas de saneamento.
A obra está a cargo da Mota-Engil e este foi um dos projectos que beneficiou da linha de crédito que Portugal disponibiliza a Angola, para obras em que sejam contratadas a empresas portuguesas, e que foi reforçada com 500 milhões de euros em Julho de 2024, recebendo novo reforço de 750 milhões de euros este ano, num total de 3.250 milhões de euros.
As dragagens previstas permitirão conquistar 120 metros ao mar, criando uma plataforma marítima onde serão instaladas três faixas de rodagem, incluindo uma exclusiva para autocarros.
A obra vai decorrer em três fases, sendo que a primeira, correspondente à construção da marginal propriamente dita, terá a duração de 36 meses e inclui 400 habitações sociais, num contrato de 245 milhões de euros, a segunda fase contempla mais habitações e trabalhos ambientais; e a terceira prevê a construção do corredor do rio Cambambe.