A TradingPlatforms divulgou um novo relatório que compara 30 economias desenvolvidas através do número médio de horas trabalhadas por ano e do respetivo equilíbrio entre vida profissional e pessoal. A análise revela que o México surge como o país onde se trabalha mais, enquanto a Finlândia lidera no índice global de bem-estar e equilíbrio.

México com a média anual mais elevada de horas de trabalho

De acordo com o estudo, os trabalhadores mexicanos registam, em média, 2.193 horas de trabalho por ano, o valor mais elevado entre os países analisados. Com 255 dias úteis em 2024, esta carga laboral corresponde a cerca de 8 horas e 36 minutos de trabalho diário. A Grécia ocupa a segunda posição, com 1.898 horas anuais, seguida pela Coreia, Estados Unidos e Polónia.

Portugal, neste particular, surge destacado… se se olhar de baixo para cima: ocupa a 8ª posição dos ‘piores’ (a 23ª do ranking), a apenas 477 horas do ‘líder’ México. Itália, com 1.709 horas (menos 7 do que Portugal) vem a seguir na tabela.

No extremo oposto, a Alemanha apresenta a média mais baixa, com 1.331 horas anuais por trabalhador. A análise sublinha que este resultado não está associado a falta de produtividade, mas sim a sistemas laborais eficientes na maior economia europeia. Dinamarca, Noruega e Suécia completam o grupo de países com menos horas de trabalho anuais.

Finlândia lidera no equilíbrio entre vida profissional e pessoal

A Finlândia ocupa o primeiro lugar no Índice de Equilíbrio entre Vida Profissional e Pessoal, com 73,39 pontos em 100. Embora não seja a líder no número de dias de licença remunerada, destaca-se pela pontuação de felicidade mais elevada entre os 30 países, atingindo 7,7 numa escala de 10.

Segundo o analista de dados da TradingPlatforms.co.uk, Martin Tunchev, os resultados evidenciam diferenças estruturais marcantes entre economias. O especialista aponta que, no México, o excesso de trabalho continua a ser encarado como “um distintivo de honra”, enquanto a Alemanha demonstra “eficiência implacável” através de sistemas laborais bem ajustados. Já os países nórdicos são descritos como exemplos de culturas organizacionais que valorizam autonomia e confiança, mantendo produtividade com menos horas de trabalho.

Metodologia combinou indicadores de tempo, rendimento e bem-estar

Para elaborar o ranking, a equipa da TradingPlatforms recorreu a vários indicadores da OCDE relacionados com férias mínimas, feriados públicos, horas médias trabalhadas e tempo de lazer. As pontuações de felicidade foram obtidas através do Relatório Mundial da Felicidade 2024, enquanto os dados sobre rendimento disponível bruto per capita resultam das medições da OCDE após impostos e apoios governamentais. Os dados completos estão disponíveis no Google Drive da empresa.