dr

A Multimark chegou ao centro de Vila Nova de Gaia. 50% de desconto em todas as decorações de Natal originaram loucura.

Uma zona central de Vila Nova de Gaia (um dos concelhos em Portugal com mais habitantes) tem passado por dias muito complicados, a nível de circulação.

Os arredores da estação CP das Devesas, incluindo a própria estação, estão condicionados há um ano e meio, por causa das obras relacionadas com a Linha H do Metro do Porto.

Desde sexta-feira passada, o caos aumentou: abriu uma loja da Multimark.

A empresa anunciou que iria abrir o seu espaço em Gaia no dia 21 de Novembro, sexta-feira. “
Para assinalar este momento especial, estamos com uma super promoção de 50% de desconto em todas as decorações de Natal!”, informou a Multimark.

De 21 a 30 de Novembro, há diversos corredores completos inteiramente dedicados a árvores, luzes, enfeites, figuras natalícias e muitos outros artigos relacionados com o Natal.

“
Passe por cá e aproveite antes que termine!” – muitos gaienses, e não só, terão decorado esta última frase.

Isto porque, na manhã deste domingo, uma zona que seria de trânsito tranquilo transformou-se num local de pára-arranca. Que se prolongava por dezenas ou mesmo centenas de metros.

A famosa Rua Visconde das Devesas ficou “entupida” nos dois sentidos, perto da loja. Outra rua, junto ao hotel Holiday Inn, ficou completamente cheia, de acordo com o relato de um morador ao ZAP. Junto à escola Teixeira Lopes, igual.

Quase na porta ao lado da Multimark existe um local com celebrações religiosas, o Seminário Redentorista Cristo Rei. Esta “loucura” nas ruas ali à volta surgiu no dia… de Cristo Rei. A celebração especial até começou atrasada cerca de 15 minutos porque o organista não conseguia chegar à celebração – precisamente por causa da Multimark.

Há quem defenda que esta loja é ideal para “os loucos da Shein e da Temu”.

Compras compulsivas

A clínica PsicoAjuda avisa que compras compulsivas no Natal são um “problema psicológico moderno”, relacionados com uma “sociedade materialista, marcada pelo estímulo ao consumo e pela facilidade de acesso ao crédito”.

Esta questão é mais visível entre as mulheres, aos 18 anos de idade, “quando se obtém maior autonomia relativamente aos pais, mas a percepção do comportamento de compras como um problema ocorre mais tarde, por volta dos 30 anos“.

As mulheres preferem roupas, malas, sapatos, perfumes, maquilhagem e jóias.

Há alguns critérios de diagnóstico centrais: preocupações exageradas, impulsos irresistíveis, comprar o que não precisa, ou sofrimento constante.

Este transtorno causa graves prejuízos pessoais, financeiros e familiares – e verifica-se muito em pessoas com baixa auto-estima, vulnerabilidade a emoções negativas, e susceptibilidade à influência sociocultural.


Nuno Teixeira da Silva, ZAP //


Subscreva a Newsletter ZAP


Siga-nos no WhatsApp


Siga-nos no Google News