O melhor em campo: Gabri Veiga (8)
Aproveitando um trabalho bem feito a todos os níveis, da saída de bola com o dedo de Farioli ao trabalho brilhante de Pepê no lado direito, entrou em ação aos 18 segundos para deixar o nome no golo mais rápido do FC Porto na Europa do futebol. Mesmo não sendo jogador para usar a expressão ‘fúria espanhola’, notava-se que estava com vontade de voltar a aparecer e assim foi. E como foi. Aos 33′, quando a equipa estava a deixar-se dormir, recebeu convite perfeito de Froholdt, entrou na área do Nice como faca quente em manteiga e finalizou de pé esquerdo, impecável. Quanto a golos, estamos conversados, mas ainda apareceu no passe que estaria na origem da queda de Samu e do penálti transformado em 3-0. Andou a dar baile aos franceses aos 65′ e quase sofria a brincadeira na pele. Saiu aos 80′, para a ovação.
Diogo Costa (5) — Aos 52′ foi ao chão para travar um ataque do Nice e sujou o equipamento, uma raridade na partida. Deve ter tido poucos jogos tão fáceis como este duelo europeu do FC Porto.
Alberto Costa (7) — Esteve no 1-0 e esteve em muito mais, fazendo do flanco direito uma autêntica auto-estrada portista para o ataque. Desequilibrou e não se esqueceu de defender, ganhando várias vezes com recurso à velocidade e à estatura física.
Pablo Rosario (6) — Competente no papel de central, não tendo tanto trabalho como provavelmente esperaria, mas resolvendo o que havia para resolver. Depois, a meio-campo também cumpriu, sem especial brilho, mas com eficácia. Deu claramente para as encomendas.
Kiwior (5) — Permitiu que Moffi fugisse com demasiada facilidade aos 19′, aos 70′ foi novamente batido em velocidade em zona menos perigosa, mas no intervalo destes dois lances conseguiu também resolver alguns problemas.
Francisco Moura (5) — Moderado, muito moderado, este lateral que adora surgir na área adversária a desequilibrar. Na primeira parte não teve praticamente bola para jogar, pois o FC Porto só jogava pela direita, no segundo tempo foi visto uma ou outra vez a combinar com Deniz Gul, sem grande exuberância. Atrás, naturalmente, fez o seu trabalho, com um ou outro sobressalto.
Froholdt (7) — Conhecido pela sua velocidade, pelo menos no ranking dos médios, aos 19 minutos não teve pernas para ir atrás de Moffi, tal o disparo do atacante do Nice. Mas não foi o culpado da situação e não acusou o lance. Muito pelo contrário, pois fez trabalho impecável, bonito, na construção do 2-0: qualidade técnica e discernimento para perceber que Gabri Veiga estava mesmo a jeito para ser servido. Sempre disponível e dinâmico até sair, aos 73′.
Alan Varela (5) — Entrada forte de Dante deixou marcas e só aguentou até ao fim da primeira parte. Estava a ter o seu papel na pressão portista e na recuperação de bola, mandando na sua área.
Pepê (7) — Ao seu estilo, recuperou a bola, guardou-a, escondeu-a e entregou-a com critério, em poucos segundos, passe simples mas inteligente, para trás, a convidar ao 1-0. Gabri Veiga fez o resto, ao segundo 18. Instantes depois, o mesmo Pepê era visto na área do FC Porto a fazer corte importante. Parece estar de volta a melhor versão do brasileiro.
Samu (5) — Pouco em jogo no primeiro tempo. Um primeiro ensaio ao minuto 35, com a bola a sair muito longe do alvo. Na segunda parte, mais ativo, apareceu ao minuto 51, quando errou passe relativamente fácil que poderia ter deixado Gul em posição de fugir com perigo. Aos 56′, todavia, desmarcou-se e caiu, ficando no chão, com queixas, a pedir penálti, por toque de Dante. Três minutos depois, com VAR e visionamento das imagens no estádio incluídos, a decisão saiu. Ganhou na raça ao brasileiro do Nice, que tem o dobro da sua idade (42-21), e foi premiado com o penálti: o primeiro golo nesta edição da Liga Europa.
Deniz Gul (4) — Não parece claramente talhado para ser extremo esquerdo e o jogo do FC Porto acontecia no outro flanco. Posto isto, só foi visto aos 49′, com um bom lance individual, e aos 65′, quando caiu na área do Nice e também pediu penálti, sem a mesma sorte de Samu. Saiu aos 67′.
Bednarek (6) — Entrou bem. Competente no corte, no posicionamento. Como um centralão.
Borja Sainz (5) — Entrou aos 67′, com nervo pelo menos.
De Jong (4) — Entrou aos 73′, sem grande influência no jogo.
Rodrigo Mora (5) — Entrou aos 73′ e tentou a sorte aos 87′, movimento tradicional de fora para dentro seguido de remate em arco. Não acertou, mas trabalhou bem.
Eustáquio (-) – Entrou aos 80′ sem tempo para grande coisa.