A menos de dois meses das eleições presidenciais, a nova sondagem ICS/Iscte feita para a SIC/Expresso, coloca André Ventura, apoiado pelo Chega, e Henrique Gouveia e Melo empatados com 18% das intenções directas de voto e mais bem colocados para passar a uma provável segunda volta. No entanto, com 16%, Luís Marques Mendes, que conta com o apoio do PSD e do CDS-PP, surge em empate técnico com os outros dois candidatos.
António José Seguro, apoiado pelo PS, aparece mais atrás com apenas 10%, a seis pontos percentuais de Marques Mendes e a oito dos dois candidatos que lideram o estudo de opinião divulgado nesta quinta-feira. Também a grande distância, não apenas dos candidatos mais bem posicionados, mas também do próprio Seguro, surge o candidato apoiado pela IL João Cotrim Figueiredo com 3%.
À esquerda, António Filipe, apoiado pelo PCP, tem 2%. Segue-se Catarina Martins, apoiada pelo Bloco de Esquerda, com 1%. Jorge Pinto, apoiado pelo Livre, surge na categoria “Outros”, onde estão os candidatos com intenções de voto inferiores a 1%.
A mesma sondagem indica que 8% não votarão e que 22% dos inquiridos continuam indecisos.
Já tendo em conta a distribuição dos indecisos, Henrique Gouveia e Melo consegue ultrapassar o candidato apoiado pelo Chega, alcançando 26% contra os 25% de André Ventura. Com esta extrapolação, o candidato apoiado pelos sociais-democratas e centristas regista 23%. Seguro fica-se por apenas 14% das intenções de voto.
E numa segunda volta?
Num cenário de segunda volta entre Gouveia e Melo e André Ventura, o primeiro venceria com 49% contra 23%. Também Luís Marques Mendes conseguiria vencer numa segunda volta contra o candidato de direita radical populista (47% contra 24%).
António José Seguro só seria Presidente da República se fosse à segunda volta com André Ventura (42% contra 25%), pois perderia frente a Henrique Gouveia e Melo e Luís Marques Mendes. É precisamente entre estes dois últimos que surge a hipotética segunda volta mais renhida, com 35% para o almirante na reserva e 31% para o antigo presidente do PSD.
A sondagem, realizada através de entrevista pessoal com trabalho de campo da GfK Metris, entre 7 e 17 de Novembro (portanto, não reflecte os debates presidenciais, iniciados precisamente na noite do dia 17), tem uma margem de erro máxima de 3,5%.
As eleições presidenciais para escolher o sucessor de Marcelo Rebelo de Sousa estão marcadas para 18 de Janeiro de 2026. Prevê-se que sejam as primeiras presidenciais dos últimos 40 anos a precisar de uma segunda volta para que eleger o próximo chefe de Estado.