A biblioteca particular do Prémio Camões 2020, Vítor Aguiar e Silva, com mais de 12 mil volumes, vai ser doada na sexta-feira à Universidade do Minho (UMinho), foi hoje anunciado.
Em comunicado, a UMinho refere que aquele fundo representa um conjunto de “elevadíssimo” valor científico, histórico e cultural, de particular interesse para estudiosos e investigadores na área das Ciências Humanas em geral, e da Literatura e Teoria Literária em particular.
O fundo irá constituir-se como um núcleo individualizado na Biblioteca Geral da UMinho.
Esta universidade dispõe, na Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas (ELACH), de uma biblioteca especializada que abrange as mais diversas áreas das Humanidades e que, desde 2018, foi batizada de “Biblioteca Vítor Aguiar e Silva”.
Trata-se uma homenagem ao antigo presidente daquela escola e fundador do Centro de Estudos de Portugueses e do Centro de Estudos Humanísticos da UMinho.
“Professor emérito e catedrático aposentado da ELACH, Vítor Aguiar e Silva, falecido em 2022, foi um nome maior da universidade portuguesa e deixou a sua ação inscrita de forma indelével na história da UMinho, onde desempenhou as funções de vice-reitor de junho de 1990 a julho de 2002, quando se aposentou”, refere o comunicado.
Acrescenta que a sua obra científica “marcou decisivamente” os campos dos estudos literários e da teoria da literatura, do ensino da língua portuguesa e das políticas de língua.
“Era um dos mais reconhecidos especialistas na obra de Luís de Camões, a nível mundial”, diz ainda o comunicado.
Vítor Aguiar e Silva foi laureado com o Prémio Vergílio Ferreira (2002) Prémio Vida Literária (2007), Prémio Vasco Graça Moura (2018 e 2020) e com o Prémio Camões (2020).
Foi agraciado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, em 2004, e condecorado, a título póstumo, com a Grã-Cruz da Ordem de Camões, em 2024.