O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou, esta quinta-feira, que as incursões terrestres na Venezuela começam “muito em breve”. O chefe de Estado adiantou, num discurso na Florida, que vai parar os “traficantes de droga” venezuelanos no solo: “Por terra, é mais fácil. Vamos começar muito em breve. Já os avisámos: parem de enviar veneno para o nosso país”.

Na terça-feira, Donald Trump também já dissera que preferia “salvar vidas” e fazer as coisas da “maneira mais fácil” na Venezuela. O Presidente norte-americano ressalvou logo a seguir que os Estados Unidos podem ser obrigados a lidar com o assunto “da maneira mais difícil”: “E também não há problema”.

Recentemente, o Presidente norte-americano, Donald Trump, também ponderou falar ao telefone com o homólogo venezuelano. A conversa estaria mesmo a ser organizada, de acordo com o que avançou o jornal Axios.

Maduro “já nem dorme bem” à noite. Estados Unidos avançam com nova fase da operação contra a Venezuela “nos próximos dias”

Ainda não é bem claro como serão os contornos da ação militar dos Estados Unidos na Venezuela. De qualquer forma, se o Presidente venezuelano acabar deposto na sequência de uma incursão militar norte-americana, existe uma localização a ser estudada onde poderá exilar-se: a Turquia. Nicolás Maduro mantém boas relações com o homólogo turco, Recep Tayyip Erdoğan, que também é considerado um aliado dos Estados Unidos da América.

Em declarações ao Washington Post, que avançou a notícia, um dirigente norte-americano contou ao jornal que a “Turquia é o lugar perfeito” para o Presidente venezuelano. Nicolás Maduro “confia em Erdoğan, que tem boas relações com Trump”. “Ao final do dia, que desfechos realistas e aceitáveis existem?”, questionou a mesma fonte que não se identificou.

A eventual ida do Presidente venezuelano para a Turquia teria também de ser acompanhado por “garantias” de segurança. Uma delas seria, referiu o dirigente norte-americano, que Nicolás Maduro não seria extraditado para os Estados Unidos, onde está a ser procurado pelo FBI — existe mesmo uma recompensa de 50 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros) para quem dispor de informações que conduzam ao paradeiro do chefe de Estado.

Oficialmente, ao Washington Post, a Casa Branca não comentou o teor das informações sobre o exílio de Nicolás Maduro.