Enzo Fernández, médio do Chelsea, recordou, em entrevista ao GiveMeSport, a badalada transferência de 121 milhões de euros do Benfica para os blues, em janeiro de 2023, depois de apenas meia temporada de águia ao peito. Foi contratado no verão ao River Plate e tornou-se rapidamente num fenómeno à escala mundial, com grandes exibições na Champions League e no Mundial do Qatar, ao serviço da Argentina, a despertarem os tubarões para o operário médio.

Agora, Enzo mostra-se agradecido a Rui Costa e à forma como o presidente dos encarnados cedeu à sua pretensão de cumprir o sonho de jogar em Inglaterra.

Queria vir para o Chelsea a todo o custo

«Quando o Chelsea apareceu, nem tive dúvidas. Queria jogar na Premier League, queria vir para o Chelsea a todo o custo e não quis deixar a oportunidade passar. Toda a gente sabe isso e graças a Deus as coisas funcionaram. Agora, estou aqui e muito feliz. Disse a Rui Costa ‘por favor, deixa-me cumprir o sonho de jogar na Premier League por um clube grande como o Chelsea’ e, felizmente, ele percebeu. Foi uma transferência histórica [só superada, no Benfica, pelos €126 milhões que o Atlético Madrid pagou por João Félix] e estou-lhe grato por ter aceitado a proposta.»

Médio reencontrou recentemente o Benfica na Champions – Foto: IMAGO

«Se eu não tivesse falado com ele [Rui Costa], penso que o negócio não teria acontecido. As negociações foram muito longas e difíceis, mas o meu empresário e o Benfica sabiam o quanto o Chelsea me queria e fez tudo o que era possível para me contratar. Mas, ainda assim, tive de falar com o presidente do Benfica e pedir-lhe para sair. Ele queria que eu ficasse mais seis meses, dizia que apareceriam muitas outras propostas, mas no futebol nunca se sabe. Eu queria jogar na Premier League e no Chelsea e estou satisfeito com essa decisão», acrescentou Enzo.

Enzo Fernández transportou nos ombros a responsabilidade de uma transferência recorde em Inglaterra, mas garantiu que isso não afetou o seu rendimento em campo.

«As pessoas falaram muito sobre essa transferência recorde, mas eu estava apenas focado em mim e em melhorar para poder mostrar o que sabia fazer e representar o Chelsea da melhor forma. Não tomei atenção ao que as pessoas diziam e não senti essa pressão», apontou o craque argentino, salientando, contudo, que a adaptação a uma realidade diferente não foi fácil.

«Estava habituado a ganhar e, quando cheguei ao Chelsea, os resultados foram muito maus. Havia muitos jogadores a entrar e sair, foi difícil. Quase não cabíamos no balneário, éramos mais de 30. Foi uma loucura. Houve também várias mudanças de treinador e só com o Maresca é que começámos a construir as fundações da equipa e desenvolvemos uma identidade de jogo, o que foi ótimo para o plantel», concluiu.