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Os acidentes de viação continuam a ser a principal causa de morte violenta entre os jovens, em Portugal. Em média, morrem 70 jovens entre os 15 e os 24 anos todos os anos, nas estradas portuguesa; e a tendência é de subida.
Na madrugada de domingo, seis jovens morreram, depois de um despiste de um automóvel na Avenida das Forças Armadas, em Lisboa.
Este caso – que vitimou seis pessoas com idades compreendidas entre os 19 e os 21 anos – veio agravar uma tendência preocupante de acidentes de viação a envolver jovens.
Segundo o Correio da Manhã, o acidente está ainda a ser investigado. No entanto, para já, tudo indica que o excesso de velocidade esteja na origem do despiste, que provocou o incêndio do automóvel e a morte de todos os seus ocupantes.
Tendência preocupante
De acordo com um estudo recente da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), citado pelo mesmo jornal, “para jovens entre os 18 e 24 anos o risco de morte em acidentes rodoviários é 30% superior ao do resto da população”.
“Esta sobrerrepresentação torna-se ainda mais evidente quando analisamos que, em 2012, os jovens constituíam apenas 8% da população mas representaram 15% do total de vítimas de acidentes rodoviários”, acrescenta.
O mesmo estudo revela que “acidentes ao fim-de-semana são responsáveis por 40% das mortes e feridos graves que vitimam condutores jovens, uma proporção significativamente superior aos 34% observados nos restantes grupos etários”.
Outra tendência “particularmente preocupante é o facto de cerca de um terço dos acidentes mortais ou com feridos graves em jovens condutores ocorrer entre a meia-noite e as 8h da manhã, comparado com apenas 17% no resto da população”.
Ora, percebe-se que o trágico acidente do último fim-de-semana, em Lisboa, em frente à Embaixada dos EUA, reforça esta estatística.
Moradores alertam para perigos
Como escreve o Correio da Manhã, nos últimos anos, moradores da avenida da Forças Armadas (onde ocorreu este acidente), Entrecampos e avenida dos EUA entregaram várias petições à autarquia a apelar por mudanças na via.
Entre as mudanças que visam alertar para a sinistralidade rodoviária e aumentar a segurança pública naquelas zonas da cidade, os grupos de moradores reclamam a colocação de radares e três faixas em em cada sentido.
A PRP alertava, no último verão, que o padrão encontrado no próprio estudo “sugere a necessidade de criação campanhas específicas dirigidas aos comportamentos de risco durante a noite e ao fim-de-semana“.