Avião baixou repentinamente nos EUA, 15 pessoas ficaram feridas. A origem não terá sido falha mecânica ou erro humano.
Foi no dia 30 de outubro, em Tampa (EUA): um avião perdeu altitude de forma repentina, aterrou de emergência e 15 pessoas ficaram feridas.
O voo da JetBlue fazia a ligação entre Cancún e Newark quando, na zona da Flórida, perdeu altitude abruptamente sem que os pilotos percebessem porquê; não registaram qualquer anomalia prévia nos segundos ou minutos anteriores.
Ainda controlaram o avião rapidamente mas a brusca aceleração negativa foi suficiente para lançar passageiros contra o teto.
A origem deste incidente não terá sido falha mecânica ou erro humano. Nos dias seguintes ao incidente, falou-se numa súbita escalada da atividade solar, a afetar sensores ou sistemas eletrónicos.
No final de Novembro, a Airbus admitiu em comunicado oficial que “a intensa radiação solar pode corromper dados críticos do funcionamento dos controlos de voo”, lembra a revista Galileu.
Mas não terá sido bem isso.
O portal Space.com falou com especialistas, que explicaram que os níveis de radiação solar nesse dia – 30 de outubro – eram insuficientes para causar qualquer dano eletrónico naquele voo.
A origem terá sido outra: um raio cósmico, ou seja, uma partícula extremamente energética produzida pela explosão de uma estrela massiva em supernova.
Os raios cósmicos podem, de facto, interagir com a microeletrónica moderna e alterar o estado de um circuito. Uma “inversão de bit”, a mudança do estado de um bit ou número binário para o estado oposto (0 ou 1), o que pode causar problemas de comunicação. Também podem causar falhas de hardware e queimar componentes.
As partículas atravessam o Universo praticamente à velocidade da luz, colidem com a atmosfera terrestre e criam chuvas de partículas secundárias que podem atingir componentes eletrónicos dentro de aeronaves, provocando um evento de perturbação única.
Em sistemas críticos, como computadores de voo, uma única inversão de bit pode gerar comandos imprecisos e estranhos.
