“Noruega, Suécia e Dinamarca estão a unir forças num pacote de apoio militar para garantir equipamentos de defesa norte-americanos de alta prioridade para a Ucrânia”, lê-se num comunicado conjunto dos governos dos três países nórdicos, no qual é referido que é a NATO que está a coordenar este pacote de ajuda.

“Com esta contribuição, queremos garantir que a Ucrânia receba rapidamente o equipamento de que necessita, ao mesmo tempo que fortalecemos a cooperação da NATO na defesa da Ucrânia e garantimos a paz segundo os termos ucranianos”, afirmou o ministro norueguês da Defesa, Tore O. Sandvik.

Segundo o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, esta é uma “iniciativa importante da NATO e dos Estados Unidos”, que “ajuda a garantir que os ucranianos recebam rapidamente equipamentos militares cruciais para se defenderem e fortalece a cooperação” entre os aliados na luta pela defesa da Ucrânia.

Já o ministro dinamarquês da Defesa adiantou que o dinheiro estaria disponível imediatamente e que a Dinamarca está disposta a considerar financiamento adicional posteriormente.



“A velocidade é absolutamente crucial”
, afirmou Troels Lund Poulsen também numa nota.

O pacote de financiamento conjunto dos três países nórdicos prevê uma contribuição de cerca de 80 milhões de euros da Dinamarca, perto de 120 milhões da Noruega e de 230 milhões da Suécia.

“O fornecimento contínuo deste tipo de material de defesa americano, que a Europa não consegue fornecer em quantidade suficiente, é decisivo para a capacidade de defesa da Ucrânia”, disse o vice-primeiro-ministro sueco, Ebba Busch, em conferência de imprensa.

Os Países Baixos foram o primeiro país a anunciar a participação nesta parceria,  na segunda-feira, com 500 milhões de euros.

“Isto faz dos Países Baixos o primeiro país a dar continuidade aos acordos assinados entre a NATO e os Estados Unidos sobre a compra de armas de defesa aérea norte-americanas para a Ucrânia, entre outras coisas”, afirmou o primeiro-ministro neerlandês em exercício, Dick Schoof, numa mensagem nas redes sociais.

Este financiamento revelado surge na sequência do acordo assinado por Mark Rutte, o secretário-geral da Aliança Atlântica, e Donald Trump na Casa Branca, a 14 de julho, que prevê que os aliados europeus e o Canadá contribuam para os pacotes periódicos de ajuda militar à Ucrânia, cada um no valor aproximado de 500 milhões de dólares (432 milhões de euros).

Estes pacotes terão equipamento e munições identificados pela Ucrânia como “prioridades operacionais” e incluirão capacidades que os Estados Unidos podem fornecer em quantidades superiores às da Europa e Canadá.