Nas imagens registadas pela Planet Labs vê-se um desvio no porto flutuante na base de submarinos de Rybachiy, na Península de Kamchatka. Parte desse cais terá sido danificado e soltou-se da estrutura principal.

As imagens reveladas pelo jornal norte-americano não revelam, contudo, mais nenhuma marca de destruição significativa nessa base russa de submarinos nucleares e não há qualquer confirmação por parte do Ministério da Defesa da Rússia.

O terramoto de magnitude de 8,8 ocorreu, a 30 de julho, a apenas 14 quilómetros desta base de Rybachiy, localizada na Península de Kamchatka, que abriga embarcações com capacidade para lançar mísseis balísticos intercontinentais e, por isso, pode ter sofrido danos estruturais. O sismo atingiu o extremo oriente da Rússia e pôs em risco uma das principais instalações da frota de submarinos estratégicos do país.

De acordo com especialistas, a proximidade com a Baía de Avacha, onde operam submarinos das classes Borei, Yasen-M e Belgorod, evidencia a vulnerabilidade das estruturas militares em regiões sísmicas. O grupo Conflict Intelligence Team informou que os danos foram limitados e que não há indícios de impacto na prontidão da frota. Ainda assim, estavam pelo menos cinco submarinos atracados no momento do sismo.

É importante referir que o sismo foi um dos mais intensos já registados na região em décadas, tendo gerado alertas de tsunami em áreas distantes como a Polinésia Francesa e o Chile. Dias depois, o vulcão mais ativo da península também entrou em erupção, agravando ainda mais a situação na região.

A base de Rybachiy desempenha um papel crucial nas operações navais russas no Pacífico, servindo como ponto de manutenção, implantação e suporte para os submarinos movidos a energia nuclear que compõem parte fundamental da capacidade estratégica do país.