Um ataque da junta militar do Myanmar a um hospital no município de Mrauk U, no estado de Rakhineem, fez pelo menos 34 mortos, deixando mais de 70 pessoas feridas. Um dos grupos rebeldes que lutam contra quem governa, o Exército de Arakan, avança que a infraestrutura foi atingida na noite de quarta-feira por um avião militar, que terá despejado bombas sobre o local.
Na rede social X, Khine Thu Kha, porta-voz do exército Arakan, avançou que cerca de dez doentes que recebiam tratamento morreram no local. O ataque deixou o hospital em ruínas, com telhados, camas e equipamentos devastados.
À Reuters, Thu Kha justificou o elevado número de vítimas com o facto de o ataque ter incidido diretamente sobre o hospital, deixando-o “completamente destruído”.
Nas redes sociais, multiplicam-se as reações e as partilhas de imagens sobre o ataque, como é o caso do Committee Representing Pyidaungsu Hluttaw (CRPH), um corpo legislativo, formado por parlamentares destituídos pelo golpe militar de 2021, que condenou e lamentou o caso, apelidando-o de “desumano”.
Este ataque ocorre num período em que a junta militar tem intensificado as suas ações com vários ataques, antevendo as eleições marcadas para 28 de dezembro. O país tem sido palco de uma guerra civil desde fevereiro de 2021, altura em que ocorreu um golpe de estado, que colocou os militares na liderança e pôs fim a uma década de poder civil.