O Sporting regressou, este sábado, sem hesitações, aos triunfos na Liga — depois do empate da Luz e da derrota de Munique —, devorando, em apenas cinco minutos, um AFS (6-0) que apenas conseguiu atrasar o banquete servido em Alvalade, na 14.ª jornada, durante a primeira meia hora.

Luis Suárez (32, 53’), Maxi Araújo (35, 47’) e Catamo (37 e 90+3’) desmontaram a estratégia avense num jogo em que Rui Borges fez diversas alterações, recuperando Francisco Trincão ao mesmo tempo que poupava jogadores como Hjulmand, num total de seis alterações em relação ao jogo com o Bayern Munique.

Mudanças produzidas com o alto patrocínio de um AFS afundado no último lugar, sem qualquer triunfo na Liga, apesar de o empate conseguido em Braga levantar algumas dúvidas no subconsciente “leonino”.

A equipa da Vila das Aves, arrumada num 5x4x1 ultracompacto, procurou enervar os “leões”, cortando todos os acessos à baliza, levando o jogo para uma dimensão eminentemente física, de duelos e pressão, com direito a vigilância apertada a Luis Suárez.

Uma estratégia que não desanimou o campeão nacional, embora a primeira grande oportunidade só tenha surgido à passagem do primeiro quarto de hora, num remate de Francisco Trincão, o grande catalisador do jogo sportinguista.

Moralizado, Trincão fez um segundo aviso, a que o guarda-redes avense respondeu com a primeira defesa da noite, ficando, contudo, a indicação clara de que o golo não tardaria. Nessa altura já o VAR tinha aconselhado o árbitro a rever um penálti assinalado (5’) em lance entre Ricardo Mangas e Carlos Ponck. Decisão revertida, com Iancu Vasilica a entender que a queda, sem falta, foi natural, sem simulação do lateral.

Mangas, que, em resultado do retraimento do AFS, surgiu praticamente desde o início projectado na esquerda, como extremo puro, a dar largura ao ataque e a permitir a deslocação de Maxi Araújo para perto de Suárez e Trincão, evitaria, por isso, uma expulsão prematura quando viu o cartão amarelo por entrada dura a um adversário.

O AFS ficou a lamentar o que poderia ser um momento-chave, com uma expulsão que abriria outras perspectivas, mas o jogo prosseguiu. Nesse período, os visitantes até poderiam ter marcado, com Perea a desperdiçar a melhor ocasião dos avenses aos 29 minutos.

Pecado mortal para a equipa de João Pedro Sousa, que, de rajada, sofreu três golos (Suárez e Catamo com remates de fora da área, Maxi após boa iniciativa de Vagiannidis pela direita) a sinalizarem uma goleada que o Sporting consumou no início da segunda parte. Foi a rampa de lançamento para o “bis” de Maxi Araújo, de Luis Suárez, que permite ao colombiano assumir o comando dos melhores marcadores da Liga, e finalmente de Catamo, a rematar sem oposição dentro da área, já na compensação.

O Sporting confirmava um triunfo tranquilo, com Rui Borges a poder gerir sem qualquer tipo de problema o próximo compromisso, que passa pelo regresso aos Açores para defrontar o Santa Clara em jogo os oitavos-de-final da Taça de Portugal, na próxima quinta-feira.