EXCLUSIVO TVI/CNN PORTUGAL || PJ quer ter acesso ao telemóvel do adjunto da ex-ministra e perceber se tem o contacto de outros pedófilos portugueses
Há pelos menos duas crianças portuguesas, com cerca de 10 anos, entre as vítimas de abuso sexual do adjunto da ex-ministra da Justiça, Paulo Abreu dos Santos, que já confessou os crimes perante o juiz, apurou a TVI/CNN Portugal.
A Polícia Judiciária (PJ) está agora a tentar identificar estas duas crianças, para que possam ser ouvidas como vítimas no processo.
Foi perante o juiz que, no sábado, o adjunto da antiga ministra da Justiça confessou os crimes de abuso sexual.
Paulo Abreu dos Santos foi detido na quinta-feira. Soube, no sábado, que ficaria sujeito à medida de coação mais gravosa, aguardando o desenrolar do processo em prisão preventiva.
Além dos 500 ficheiros internacionais de acesso e partilha de conteúdo de pornografia infantil, a PJ apanhou vídeos onde o advogado se filmava a abusar as crianças. Está indiciado por dois crimes de abuso sexual de menores.
Os inspetores acreditam que Paulo Abreu dos Santos pode estar ligado a uma rede com ramificações.
A PJ quer ter acesso ao telemóvel do adjunto da ex-ministra e perceber se tem o contacto de outros pedófilos portugueses.
Após a TVI/CNN Portugal terem divulgado o escândalo sexual, a sociedade de advogados para a qual Paulo Abreu dos Santos trabalhava emitiu um comunicado.
“Tendo sido surpreendidos pelas notícias que reportam o envolvimento do antigo colaborador, Dr. Paulo Abreu Santos, no âmbito de uma investigação criminal de contornos graves, a sociedade manifesta-se chocada e consternada com o conteúdo das mesmas”, escreveu a Ana Bruno & Associados.
Apesar desta surpresa, a sociedade de advogados já tinha retirado o nome de Paulo Abreu dos Santos antes de a notícia ser divulgada pela TVI/CNN Portugal.
O advogado desempenhou funções no Ministério da Justiça como adjunto da antiga ministra Catarina Sarmento e Castro entre 2023 e 2024. Foi também assistente convidado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Paulo Abreu dos Santos foi apanhado por uma investigação internacional, que nasceu nos Estados Unidos da América. Em causa estavam crimes sexuais contra menores cometidos e partilhados através das redes sociais.