Angélica afirmou que a pinta preta na perna, hoje associada à sua imagem pública, foi motivo de incômodo durante a adolescência e o início da carreira na televisão. A apresentadora contou que chegou a cogitar a retirada da marca por meio de cirurgia plástica e que, por um período, tentava escondê-la com a mão.
Segundo Angélica, a rejeição à pinta começou quando ela tinha entre 12 e 13 anos, fase em que passou a ter maior exposição na TV. “Odiava a minha pinta com 12, 13 anos. Quando fui para a TV, era uma coisa muito diferente uma pinta no meio da perna”, afirmou ao jornal O Globo.
Naquele período, ela usava com frequência figurinos curtos e disse que tentava disfarçar a marca sempre que possível. “Eu apresentava o programa com a mão em cima. Na primeira vez que fui para a Disney, andava com a mão sobre ela, tinha uma mania mesmo.”
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A apresentadora relatou que chegou a procurar um cirurgião plástico logo no início da carreira. Segundo ela, o médico explicou que a retirada deixaria uma cicatriz maior do que a própria pinta.
“Ele disse que eu ia ficar com uma cicatriz maior que a pinta. Aí, falei: ‘Ah, então, tá, fazer o que?’”, contou. A decisão de não realizar o procedimento encerrou a tentativa de removê-la naquele momento.
Durante a passagem pela Rede Manchete, Angélica disse que ouviu do diretor Maurício Sherman que a pinta poderia se tornar um elemento de identificação. “Isso vai ser a sua marca”, lembrou. A apresentadora afirmou que, à época, não compreendeu a observação. “E eu: ‘Como, marca?’”, relatou na entrevista.
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Com o passar do tempo, a relação com a pinta mudou. Angélica disse que a marca deixou de ser motivo de vergonha e passou a ser incorporada à sua identidade pública.
“E, realmente, virou minha marca”, afirmou. Atualmente, segundo a apresentadora, a pinta é acompanhada por um médico. “Hoje, amo a minha pinta, ela é linda demais. Tem o médico dela, toda uma vida própria, um trabalho”, disse.
Ao contextualizar esse processo, Angélica relacionou a rejeição inicial à pinta ao ambiente de cobranças estéticas vivido desde a infância. Ela relembrou que iniciou a carreira muito cedo, participou de campanhas publicitárias e atravessou a adolescência sob exposição constante. “Sempre tive uma cobrança muito grande. Imagina, passar a adolescência na televisão…”, afirmou.
Exigências feitas por Angélica

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A apresentadora descreveu que, além da pinta, lidava com exigências relacionadas ao corpo, à pele e à aparência em geral. “Tinha que cobrir a espinha, a pele com acne. É close, é corpo”, relatou. Segundo ela, o padrão exigido incluía magreza e controle rigoroso do peso. “Televisão engorda muito. Tinha que ser muito magra pra ficar bem.”
Angélica afirmou que essas pressões ajudaram a moldar sua relação com a própria imagem ao longo dos anos. Ao falar sobre a adolescência, destacou o peso do olhar externo. “Era muito o que o outro estava achando. Do meu cabelo, da minha pele, do corpo que eu tinha que ter”, disse.
Para ela, a aceitação da pinta ocorreu paralelamente a um processo mais amplo de mudança na forma como passou a se enxergar.