Lucinete Freitas, de 55 anos e natural de Aracoiaba, no interior do Ceará, Brasil, está desaparecida há mais de uma semana, depois de ter tido o último contacto com a família na noite de 5 de dezembro. A brasileira estava a viver na Amadora, onde trabalhava como ama, e estava no país há cerca de sete meses com o objetivo de se fixar e, mais tarde, trazer o marido e o filho de 14 anos, noticiou a imprensa brasileira.

De acordo com José Teodoro Júnior, marido de Lucinete, o último contacto aconteceu por volta das 22h30 (19h30 no Brasil). Nessa conversa, Lucinete disse que ia viajar para o Algarve, acompanhada por uma amiga. “Falei com a minha mulher pela última vez na sexta-feira, dia 5. Em Portugal já era noite. A partir daí não faço ideia do que possa ter acontecido”, afirmou.

No dia seguinte, sábado, Lucinete tinha marcada uma visita a um apartamento que poderia vir a ser arrendado pela família, tendo em conta os planos de o marido e o filho se mudarem para Portugal em 2026. A responsável pela mediação imobiliária informou, contudo, que a brasileira não apareceu na reunião. Desde então, o marido deixou de conseguir contactá-la. “Depois disso, mandei mensagens, ela visualizou, mas não respondeu. Liguei várias vezes e não atendia. Foi aí que percebi que algo estava errado”, relatou.

De acordo com o Metrópoles, foi o patrão de Lucinete que apresentou queixa do desaparecimento numa esquadra da PSP, depois de a mulher ter deixado de comparecer ao trabalho e de não atender as chamadas nem responder a mensagens.

José Teodoro garante que nada pode apontar para um desaparecimento voluntário. “Nada nas nossas conversas aponta para um desaparecimento voluntário”, sublinhou, acrescentando que não conhece a alegada amiga com quem Lucinete disse que iria viajar. “Nem sei o nome dela. Esse é o grande mistério, ninguém sabe quem é esta pessoa“, disse.

Casado há 15 anos, José Teodoro descreve a mulher como “uma pessoa vaidosa, que gosta de passear, tirar fotografias, muito guerreira e muito trabalhadora. Uma pessoa justa e honesta”. Afirmou, ainda, que já contactou a Embaixada do Brasil em Portugal e o Ministério dos Negócios Estrangeiros para dar conta do desaparecimento, mas diz que o processo tem sido lento. “É um processo muito complexo, uma vez que é um caso no exterior e eu estou a fazer os trâmites pelo Brasil. As autoridades brasileiras têm de contactar as portuguesas para poder tomar uma medida”.