Unidas pela Extremadura: “A grande perdedora é María Guardiola”

Irene de Miguel, candidata a presidente da Junta pela Unidas pela Extremadura, congratulou-se com o resultado da coligação do Podemos, da Esquerda Unida e dos Verdes – conseguiram sete representantes, mais três do que tinham.

“Mas não podemos esquecer que o panorama na Assembleia fica com mais incerteza”, afirmou na sua reação aos resultados, perguntando a María Guardiola. “E agora?

E considera que foi a presidente da Junta que foi a grande derrotada, porque não conseguiu alcançar o seu objetivo, duvidando que consiga ser capaz de formar um governo.

Sondagem conhecida quando urnas fecharam dava PP mais próximo da maioria absoluta

Uma sondagem Sigma Dos, para o El Mundo, conhecida pouco depois de as urnas fecharem às 19h00 de Lisboa, María Guardiola ficava a apenas um deputado da maioria absoluta na região.

A sondagem (não foi feita à boca das urnas e não é revelada a ficha técnica) colocava o PP com entre 30 e 32 deputados (a maioria absoluta são os 33), com o PSOE a não ir além dos 16 ou 18 deputados. Em 2023, os socialistas tinham tido mais votos que o PP, mas tinham empatado em número de deputados – 28 para cada.

O Vox, com a candidatura de Óscar Fernández, subiria dos atuais cinco deputados para nove ou 11 representantes, enquanto a coligação de esquerda Unidas pela Extremadura teria sete ou oito (melhorando dos quatro atuais).

Durante toda a campanha, as sondagens sempre deram a vitória ao PP, mas a dúvida era saber qual seria a força do Vox. María Guardiola convocou eleições antecipadas (a primeira vez que isso acontece nesta comunidade) à procura de uma maioria absoluta, para não ficar dependente da extrema-direita.

Previa-se ainda que o PSOE, que durante anos foi a principal força na Extremadura, tivesse o pior resultado de sempre – o que se confirmou. Em 2023, os socialistas foram os mais votados, mas empataram em número de deputados com o PP, que acabou por chegar a acordo com o Vox para poder governar.

Ciclo eleitoral em Espanha

Esta é a primeira eleição de um novo ciclo que agora começa em Espanha, com vários escrutínios previstos para 2026. Em Aragão já em fevereiro e em Castela e Leão em março. Em junho, será a vez da Andaluzia. As eleições gerais só estão previstas para 2027.

Não é por isso de estranhar que haja leituras nacionais destas eleições. A presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, celebrou a vitória do PP na Extremadura com uma mensagem no X.

“María Guardiola varreu a esquerda na Extremadura, uma região que sempre foi socialista. Parabéns. Pedro Sánchez perde sempre que há eleições”, escreveu.