A OpenAI apresentou esta quinta-feira uma nova versão do seu modelo de inteligência artificial (IA), o GPT-5. Há já algum tempo que era esperado um sucessor para o GPT-4, o modelo que é usado no conhecido ChatGPT.
A revelação foi feita por Sam Altman no evento “atualização de verão” da OpenAI. “Hoje, finalmente, estamos a lançar o GPT-5”, declarou o CEO da empresa, descrevendo “uma enorme atualização em relação ao GPT-4 e mais um passo para a inteligência artificial geral”.
Altman comparou as capacidades de cada um dos modelos já lançados pela OpenAI na ala GPT com um grau de ensino. “O GPT-3 era como falar com um estudante do liceu: havia alguns rasgos de brilhantismo, mas era muito irritante. Mas as pessoas começaram a usá-lo e a retirar algum valor”, disse.
“O GPT-4 era como falar com um estudante universitário, inteligência real, utilidade real. Com o GPT-5 é como falar com um especialista, alguém que tem um doutoramento em qualquer área e coisa que se precise.” Segundo Altman, o GPT-5 será “útil e intuitivo”.
Esta nova versão poderá ser usada para escrever código, para questões complexas de matemática ou física, mas também para assegurar tarefas mais simples, como ajudar a planear uma festa, fazer uma lista de compras e encontrar online os artigos necessários.
Numa das demonstrações feitas durante a transmissão, foi perguntado ao GPT-5 para explicar um conceito e programar um esquema que permita visualizar determinado cenário. No ecrã, o modelo detalhou quais os passos de raciocínio necessários para apresentar um resultado. Noutro dos exemplos foi pedido ao ChatGPT com o GPT-5 para desenvolver uma experiência interativa para aprender francês. Após alguns minutos, foi apresentado um site com vários jogos para testar conhecimento de vocabulário e ouvir a pronúncia de palavras em francês.
O GPT-5 vai estar disponível a partir desta quinta-feira “para todos os utilizadores”, anunciou Rennie Song, do departamento técnico da OpenAI, quer se tenha subscrição ou não. Na próxima semana será disponibilizado para os clientes empresariais. Song explicou que esta será a “primeira vez em que o modelo mais avançado da empresa pode ser usado pelos utilizadores sem subscrição”. Os utilizadores da versão paga vão começar a usar o GPT-5 e, quando for atingido o limite de prompts (pedidos), passarão para uma versão chamada GPT-5 mini. “Uma versão mais pequena mas ainda altamente capaz, que ultrapassa o modelo O3 em várias dimensões”, disse Song. Já os subscritores Pro vão ter um acesso “ilimitado” ao GPT-5.