Um sismo de magnitude 5,7 na escala de Richter foi sentido esta sexta-feira  na região da Madeira e em algumas regiões do continente, sem causar danos pessoais ou materiais, segundo o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA). O Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira não registou qualquer ocorrência relacionada com o abalo.

Em comunicado, o IPMA adianta que o sismo teve o seu epicentro a cerca de 510 quilómetros a norte-noroeste da ilha do Porto Santo e foi registado na Rede Sísmica do Continente às 02h29 desta sexta. O abalo não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima II-III, correspondente aos níveis “muito fraco” e “fraco” (escala de Mercalli modificada), na região da Madeira e ainda com menor intensidade nas regiões de Setúbal e Lisboa.

À Rádio Observador, o comandante Valter Ferreira do Comando Regional de Operações de Socorro do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira diz que receberam informação do sismo de 5,8 através do IPMA — magnitude que entretanto foi revista para 5,7. “Até agora não temos registo de dano ou chamada na nossa central em resultado deste abalo”, informa.

“À hora do registo fomos informados pelo IPMA desta situação e ficámos atentos aos reflexos que este abalo podia ter aqui na ilha. Com o início da manhã, estaremos atentos a algum dano que possa surgir ou a pessoas que tenham sentido este abalo durante a noite”, acrescenta Valter Ferreira, que diz não ter informação sobre réplicas.

Segundo a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), fortes (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10). A escala de Mercalli Modificada mede os “graus de intensidade e respetiva descrição”.

A intensidade máxima II da escala de Mercalli Modificada significa que o abalo pode ser “sentido pelas pessoas em repouso nos andares elevados de edifícios“. Com uma intensidade III, considerada fraca, o abalo é sentido dentro de casa e os objetos pendentes baloiçam, percecionando-se uma “vibração semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados”, revela o IPMA na sua página da Internet.

“No Comando Operacional de Operações de Socorro não foi registada qualquer chamada relacionada quer com alguém ter sentido, quer com consequências de um abalo desta natureza”, disse à agência Lusa o presidente da instituição, Richard Marques.

O responsável adiantou que o sismo não teve qualquer impacto na região autónoma.

“Nos contactos habituais que foram feitos com todos os serviços municipais de proteção civil e (…) agentes de proteção civil, nomeadamente os corpos de bombeiros, não há registo em nenhum ponto da região de qualquer situação em que tenha sido sentido”, esclareceu.