Em comunicado sobre o programa de saídas voluntárias, o SNTCT refere que, em 5 de agosto, a Meo “convocou os sindicatos para o balanço de saídas e informou que 823 trabalhadores(as) se inscreveram para os vários planos de saídas”.
Segundo o sindicato, dos 823 trabalhadores, 727 “têm mais de 50 anos”.
Este processo teve início em 30 de junho e terminou em 31 de julho.
De acordo com fontes contactadas pela Lusa, o facto das pessoas se terem candidatado aos programas de saídas voluntárias não quer dizer que todas sejam aceites.
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O SNTCT adianta que além destas saídas contam-se ainda “200 trabalhadores que desde janeiro têm vindo a sair”.
Durante esse período, “os trabalhadores que tinham as condições do programa de saídas tinham que informar a sua vontade para sair nos vários planos de RMA (despedimentos negociados), pré-reformas e incentivo à reforma”, acrescenta a estrutura sindical, referindo que “houve trabalhadores que não se inscreveram neste programa porque não pretendiam sair”.
O SNTCT acusa a empresa de a partir da recusa da saída de alguns desses trabalhadores ter começado “a assediar e a intimidar”, dizendo que “caso não aderissem iriam sair da direção onde estavam, mudavam de funções, deixavam de ter horários flexíveis e passavam para horários fixos e em alguns casos iriam mudar de local de trabalho a partir de 1 de outubro”.
A Lusa questionou a Meo/Altice sobre a informação veiculada pelo sindicato, mas não obteve comentário.
O sindicato diz ainda que nas rescisões por mútuo acordo “os trabalhadores saíram sem fundo de desemprego”.
De acordo com Paulo Gonçalves, da direção do SNTCT, a reorganização da Meo, da Altice, vai extinguir cinco empresas: Blueclip, PT Prestações, PT Contact, PT Sales e Meo – Serviços Técnicos de Redes.
Os trabalhadores destas empresas “passam todos para a Meo SA”, disse o responsável.