Ator fala sobre a fama sem deslumbramento, criação matriarcal, casamento de 56 anos e o susto de saúde que o levou a duas cirurgias

8 ago
2025
– 10h21

(atualizado às 11h04)

Resumo
Tony Ramos refletiu sobre sua criação influenciada por mulheres fortes, seu casamento de 56 anos pautado em amor e respeito, e revelou serenidade durante recente susto de saúde e cirurgias.

Tony Ramos fala sobre o susto de saúde que o levou a duas cirurgias

Tony Ramos fala sobre o susto de saúde que o levou a duas cirurgias

Foto: Daniel Teixeira/Estadão / Estadão

“Me chamou e disse: ‘Filhinho, você anda pensando, assim, não sei, vontade de mulher?’. Arregalei o olho. Essas coisas marcam. Tinha 13, 14 anos. Ela continuou: ‘Isso é normal, se você sentir vontade, quando um dos seus tios chegarem, conversam com você'”.

O ator explicou que depois um dos tios disse: “Sua avó andou falando comigo, mas não tá na hora, relaxa, quando for, eu te aviso.”

Tony afirmou que nunca precisou se policiar quanto ao machismo, porque isso não fazia parte de sua conduta. “Sei o que sou: macho, do gênero masculino. Macho, mas ‘chista’ não. Nunca tive essa coisa da posse”, afirmou.

Para ele, a criação com duas mulheres fortes influenciou diretamente sua visão sobre igualdade e respeito.

Casamento de uma vida inteira

Companheiro de Lidiane há 56 anos, Tony se emocionou ao falar da relação que construiu com a esposa. “Quando pus os olhos naquela moça chamada Lidiane, Nossa Senhora, abriu-se um novo mundo.”

Ele garantiu que nunca houve espaço para traições ou aventuras fora do casamento. “Respondo sem piscar. A gente sabe que não. A gente tem paixão pelo outro.”

O respeito também sempre esteve presente no ambiente profissional. “Beijar como beijo a minha mulher, nunca beijei ninguém. Nasci para essa companheira, e ela para mim. Tenho confiança absoluta no grande amor que nos une”, revelou.

Seja no palco, no set ou em casa, o que move Tony é o trabalho e o amor. “É olhar pra Lidiane de manhã e pensar no café da manhã.”

Enquanto grava filmes, atua no teatro e se recupera com energia, mantém firme sua equação de vida simples e direta. “Eu não mudei. Sou o Antonio, o Toninho da minha mãe, o Tunico dos amigos mais íntimos, o Tony que está dando esta entrevista. Continuo o mesmo cara, o mesmo homem preocupado com democracia, com liberdade, com o não ao preconceito, à intolerância, com a vida dos netos, dos filhos.”