António Pires de Lima é economista e gestor. Diz que não é político e talvez já não o volte a ser, apesar de, entre 2013 e 2015, ter sido ministro da Economia numa fase dramática do país. Tem 62 anos e é ele o CEO do Grupo Brisa, a empresa que gere a maior rede de autoestradas nacionais – uma certeza no caminho para as férias.

Julho, agosto e setembro são meses com mais tráfego nas autoestradas da Brisa. Têm de montar uma estrutura especial?
Sem dúvida. O tráfego aumenta substancialmente durante o verão. É uma atividade com um pico sazonal. Há uma acumulação de férias e de deslocações pelo país inteiro nos meses de verão e a Brisa é especialmente testada nesta altura. As condições operacionais e a segurança são postas à prova. A média anual de veículos em 2024 foi de 24 mil por dia, mas em agosto ultrapassou os 33 mil. Só na ligação para o Algarve, o tráfego em agosto superou, no verão do ano passado, os 30.800 veículos diários, mais do dobro dos quase 14.900 registados na média diária. Há dias especialmente intensos, o início e o fim do mês, os domingos e as sextas-feiras são alturas em que o tráfego cresce de forma exponencial. São aqueles dias em que as pessoas dão entrada nas casas de férias, dias mais complexos.

Apesar da longa experiência na gestão deste impacto, têm de ter um centro operacional reforçado?
Este movimento intenso significa que a equipa da Brisa tem de preparar bem estes meses de verão, mas esse trabalho é diário, acontece todos os dias, vai-se intensificando. Mas o caminho está preparado, é conhecido, não exige sobressaltos. Note que até durante a Covid, apesar das enormes restrições definidas pelo Governo, estávamos a postos. E deixe-me acrescentar um ponto.O período do verão é particularmente exigente para todas as nossas infraestruturas, a começar pela assistência rodoviária, mas há mais áreas em que o serviço tem de ser apurado. Os carregadores elétricos são testados, as áreas de restauração têm mais pessoas, tudo isso é fundamental para que as pessoas viagem em segurança e da forma mais confortável possível. Claro, são períodos de maior risco, o que significa que tudo o que se relaciona com a segurança é muito trabalhado.

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