As autoridades adiantam que este reforço com ações de patrulhamento no mar e junto à orla costeira acontece “na sequência do desembarque de migrantes irregulares“, que ocorreu na sexta-feira, na costa algarvia. 

Em comunicado enviado este sábado às redações, a Autoridade Marítima Nacional e a Marinha Portuguesa adiantam que “incrementaram de imediato a vigilância na região, através de um planeamento conjunto e coordenado de meios, com o objetivo de assegurar uma capacidade acrescida na deteção e interceção de embarcações que possam tentar aceder irregularmente ao território nacional por via marítima”.

As autoridades agradecem ainda “a colaboração da população, solicitando que contactem o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo ou o Comando Local da Polícia Marítima” caso sejam avistadas “embarcações suspeitas ou movimentações invulgares junto à costa portuguesa”.


Na sexta-feira, 38 migrantes desembarcaram na Praia de Boca do Rio, em Vila do Bispo, no Algarve. Chegaram numa embarcação de madeira e no grupo incluíam-se mulheres e crianças. 


“Temos a presunção de que poderão ter a sua origem no norte de África, diretamente em Marrocos, uma vez que todos os cidadãos identificados são de nacionalidade marroquina“, afirmou à agência Lusa o major Ilídio Barreiros, da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras da GNR.


Segundo este mesmo responsável, estes migrantes fizeram uma travessia de “alguns dias”.


Estes migrantes chegaram frágeis e desidratados, a precisar de cuidados médicos, tendo-lhes sido feita uma avaliação clínica e sido fornecida água e comida.


Alguns desses migrantes foram transportados para o hospital de Faro, para serem assistidos, outros foram levados para o posto da GNR de Vila do Bispo. 




Já este sábado, 31 dos 38 migrantes estão a ser ouvidos por um juiz no tribunal de Silves.