O escritor, psicoterapeuta e advogado Joseval Carneiro apresenta cinco medidas práticas para reduzir o risco de desenvolvimento do Alzheimer. A doença, que já é considerada por especialistas como uma das “doenças do século” ao lado da ansiedade e da depressão, pode, segundo o autor, ser prevenida por meio de mudanças simples de hábitos.

Azeite de oliva como aliado da saúde cerebral

De acordo com Carneiro, o consumo diário de azeite de oliva extra virgem – seja em saladas, pães ou massas – contribui para a redução das placas oclusivas na circulação cerebral. Ele cita estudos da Universidade de Temple, nos Estados Unidos, que demonstram a eficácia do azeite na proteção das funções cognitivas, destacando-o como uma alternativa mais saudável às gorduras de origem animal, como a manteiga.

Evitar ultraprocessados e gorduras saturadas

O autor alerta para os riscos dos alimentos ultraprocessados e ricos em gorduras saturadas, como linguiças, chouriços e biscoitos industrializados. Segundo ele, o consumo prolongado desses produtos contribui para o entupimento das artérias cerebrais e cardíacas, aumentando a probabilidade de demência e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

Moderação no consumo de açúcares

Carneiro classifica os açúcares refinados como “venenos brancos”, alertando também para o sal e a farinha de trigo. Ele aponta que o consumo excessivo de açúcar está ligado a danos nos nervos ópticos e auditivos, podendo levar à cegueira e surdez precoces.

Citando pesquisas da Universidade de Bath e do King’s College de Londres, o especialista observa que a glicação cerebral – causada pela ingestão exagerada de açúcar – foi detectada tanto em pacientes com Alzheimer quanto naqueles sem a doença, reforçando a necessidade de moderação. Ele também critica a busca por métodos rápidos de emagrecimento, como o uso indiscriminado das chamadas “canetas” para perda de peso, em detrimento de exercícios físicos diários.

Controle de doenças crônicas com atividade física

O texto destaca que doenças como diabetes e hipertensão aumentam em 73% o risco de Alzheimer. Para reduzir essa vulnerabilidade, Carneiro recomenda a prática de exercícios físicos regulares, com pelo menos 30 minutos de atividade em cinco dias da semana.

Entre as orientações, ele sugere a realização de provas de esforço, exercícios com pesos e a prática de respiração profunda. A recomendação é que tais atividades sejam feitas preferencialmente com acompanhamento médico, conforme indica o neurologista Dr. Clifford Segil, do Hospital Santa Mônica, na Califórnia.

Moderação no consumo de álcool

Por fim, o especialista adverte que o consumo de álcool é um fator de risco relevante para o Alzheimer, pois provoca danos a órgãos como fígado e estômago, além de comprometer a saúde cerebral. O abuso pode levar à Síndrome de Korsakoff, caracterizada por perda de memória e demência.

Embora reconheça que flavonoides presentes no vinho tinto possam ajudar a combater radicais livres, Carneiro ressalta que os efeitos a longo prazo ainda deixam resíduos prejudiciais à saúde.

Sobre o autor

Joseval Carneiro (joseval@plenus.net) é psicoterapeuta, advogado, palestrante, escritor e jornalista. É membro da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e Vice-Presidente da Academia de Cultura da Bahia.

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