Um homem de 51 anos foi apanhado na semana passada pela polícia a sair de uma loja da Avenida da Liberdade, em Lisboa, com 11 T-shirts e três pares de óculos. Nem o vestuário nem os acessórios tinham passado pela caixa registadora, graças a um expediente bem conhecido das autoridades: recorria a papel de alumínio para neutralizar os alarmes das lojas, um clássico neste tipo de furtos, tendo também na sua posse, além de um rolo deste material, um alicate para cortar os alarmes. “Encontrava-se bastante apetrechado para cometer estes ilícitos criminais e denotava bastante prática”, descreve em comunicado a PSP, que o interceptou “quando saía em passo acelerado de uma das lojas da Avenida, o que levantou suspeitas”.

Tanto nesta zona de lojas de luxo como na Baixa, comerciantes e lojistas têm-se queixado ultimamente do aumento dos furtos e dos roubos, motivando acções de vigilância das autoridades. O ladrão da Avenida “andava bastante activo nos últimos dias”, refere a PSP, acrescentando que, no ano passado, ainda se encontrava na prisão pelo mesmo tipo de delito, tendo sido libertado ainda em 2024. Irá agora ser julgado. As T-shirts e os três pares de óculos, que subtraiu de uma casa de óptica, foram avaliados em 530 euros.

Outro homem, mais novo e natural da Gâmbia, foi igualmente detido na semana passada por se dedicar ao mesmo tipo de actividade, também na Baixa de Lisboa. Com 23 anos de idade, “andava já a ser investigado devido à sua conduta bastante violenta”, explica a PSP. É suspeito de roubar telemóveis nas estações do metro e do comboio e o arrombamento da montra de uma loja da Rua do Carmo, durante a madrugada, rendeu-lhe 2400 euros. Para se apoderar de três auriculares de um estabelecimento comercial da Rua dos Fanqueiros, ameaçou a empregada com uma garrafa de vidro. Mesmo assim, esta ainda o perseguiu rua fora, numa tentativa de reaver os bens furtados. A sua actuação na Baixa tornou-se de tal forma notória que já corria em vídeos nas redes sociais. Presente a primeiro interrogatório judicial, ficou a aguardar julgamento em prisão preventiva.