Uma falsa ameaça de bomba obrigou um avião da SATA, que partiu de Ponta Delgada (Açores) com destino a Bilbau (Espanha), a aterrar este sábado de emergência no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. A informação foi avançada pela CNN Portugal e pela SIC Notícias e confirmada à Rádio Observador por Margarida Castro Martins, diretora do serviço municipal da Proteção Civil de Lisboa. Dois passageiros foram detidos para interrogatório, segundo a companhia aérea, por “suspeita de responsabilidade na comunicação da ameaça”.

“Confirmo que recebemos um alerta laranja do aeroporto por ameaça de bomba. O alerta chegou por volta das 12h30. O avião aterrou pelas 12h50. Entretanto, a Polícia Judiciária promoveu as diligências adequadas a esta situação”, afirmou Margarida Castro Martins, adiantando que os passageiros só iniciaram o desembarque do aparelho por volta das 14h30. “Por volta das 15h, a PJ não confirmou a ameaça de bomba”, não tendo sido encontrado qualquer engenho, e os meios começaram “a desmobilizar”.

Em comunicado, citado pela agência Lusa, a SATA também confirmou que “o comandante acionou o protocolo de segurança e divergiu o voo para o Aeroporto de Lisboa” devido a “uma ameaça de bomba a bordo”. “A aeronave foi encaminhada para uma zona isolada e segura” no aeroporto, como previsto no protocolo de segurança, para que o desembarque de passageiros e tripulantes pudesse decorrer com tranquilidade. Após uma “inspeção rigorosa à aeronave e à bagagem”, a ameaça “não foi validada”: “Falso alarme.”

Quando a companhia aérea emitiu a nota, por volta das 14h40, ainda estavam a ser feitas “entrevistas aos passageiros e tripulação por parte das autoridades” para “apurar os responsáveis por tal ocorrência”. A SATA disse ainda que a segurança dos passageiros é “a prioridade absoluta” e lamentou os constrangimentos de uma situação “à qual é completamente alheia”. Além disso, indicou que o impacto do incidente na operação prevista para este sábado está circunscrito ao voo de e para Bilbau. Ou seja, a restante operação decorre com normalidade, como previsto.

A SATA aguarda para que a “aeronave possa retomar a operação, logo que possível”.

Num primeiro momento, foi emitido um alerta vermelho no aeroporto, que entretanto baixou para amarelo. Numa nota enviada ao Observador, a ANA – Aeroportos de Portugal afirma que “foram acionados todos os meios adequados”, após o voo ter declarado emergência, tendo o aeroporto “garantido a continuação da operação”.

Além da Polícia Judiciária e da Polícia de Segurança Pública, foram mobilizados para o local meios do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, da Proteção Civil e do INEM.