A posição da Xiaomi tem crescido nos últimos meses, muito por culpa dos seus carros. Estes criaram um marca na indústria e todos querem um destes modelos. Agora, a marca parece estar a pagar o preço da sua juventude na área. Há atrasos na produção do Xiaomi YU7 e até o seu CEO recomenda comprar carros rivais.
Problemas com a produção do Xiaomi YU7
O Xiaomi YU7, novo SUV elétrico da marca chinesa, está a enfrentar tempos de espera que podem ultrapassar um ano, levando o fundador e CEO da empresa, Lei Jun, a recomendar publicamente que os consumidores considerem modelos de fabricantes concorrentes.
O lançamento do SUV elétrico Xiaomi YU7 gerou enorme procura: mais de 240 mil encomendas nas primeiras 18 horas. No entanto, a produção não conseguiu acompanhar o ritmo, e no site da marca os prazos de entrega variam entre 38 e 60 semanas.
A situação motivou queixas de clientes, muitos alegando que não foram informados sobre a demora. Alguns exigem o reembolso do depósito de 5 mil yuan (cerca de 640 euros), que não é reembolsável. Em direto, Lei Jun admitiu a incapacidade de resposta imediata e sugeriu alternativas como o Xpeng G7, o Li Auto i8 ou o Tesla Model Y, até que a produção do YU7 estabilize.
Atrasos repetem-se após o caso dos SU7
Este não é o primeiro contratempo da Xiaomi no setor automóvel. O modelo SU7 já tinha enfrentado atrasos de até sete meses. Segundo a S&P Global Mobility, para encomendas feitas após 30 de junho, as versões Standard e Pro do Xiaomi YU7 poderão ter prazos de entrega entre 49 e 58 semanas.
Impacto na imagem dos carros Xiaomi eleva rivais
A marca também lida com as consequências de um acidente fatal envolvendo o SU7 e acusações de publicidade enganosa, que contribuíram para uma queda nas encomendas. Lei Jun classificou esse período como “o mais difícil desde a fundação” da empresa.
O caso do Xiaomi YU7 evidencia os desafios enfrentados por empresas de tecnologia ao entrarem no setor automóvel. Para competir, a Xiaomi reconhece que terá de melhorar a transparência e ganhar a confiança dos consumidores, num mercado onde a produção de automóveis é significativamente mais complexa do que a de eletrónica de consumo.