Portugal está na rota dos ‘Fantasmas do Cajuru’, uma organização criminosa brasileira até então não sinalizada pelas autoridades nacionais, avançou esta quarta-feira o ‘Correio da Manhã’. Rafael Lourenço [‘Rafinha’], de 35 anos, foi baleado sete vezes no passado domingo na Póvoa de Varzim, ele que era considerado o líder deste perigoso grupo formado há 20 anos, em Curitiba, capital do estado brasileiro do Paraná.
De acordo com o jornal diário, Rafael Lourenço – que as autoridades brasileiras acreditavam estar escondido no Nordeste do país – terá chegado a Portugal em meados de abril, após uma ligação aérea entre Assunção, no Paraguai, e Madrid. Vivia discretamente em Odivelas. Segundo as autoridades, ‘Rafinha’ fugiu da pena de prisão a que foi condenado em 2021 por associação criminosa, tráfico de droga, branqueamento de capitais e posse ilegal de arma.
Os ‘Fantasmas do Cajuru’ foram liderados durante anos por ‘Rafinha’ e Bruno Felisbino, que foi executado a tiro num parque de estacionamento de um centro comercial em João Pessoa, cidade do estado da Paraíba, em março de 2024. A organização criminosa começou por furtos e assaltos a bancos, mas a partir de 2020, segundo a polícia brasileira, dedicou-se quase exclusivamente ao tráfico internacional de droga, que terá rendido pelo menos 40 milhões de euros nos últimos cinco anos. Membros do grupo são apontados como responsáveis de vários homicídios violentos, incluindo um polícia militar, com mais de 40 tiros, em janeiro deste ano.
Acredita-se que o grupo possa ter ligações ao PCC (Primeiro Comando da Capital), que pode estar envolvido no assassinato na Póvoa de Varzim.