O Santa Clara garantiu esta quinta-feira o apuramento para o play-off da Liga Conferência, fase em que defrontará o Shamrock Rovers, da República da Irlanda, após carimbar, sem surpresa e sem golos (0-0), a vitória na eliminatória frente ao Larne.

Para o Santa Clara, depois do triunfo categórico na Irlanda do Norte, onde os açorianos construíram uma vantagem de três golos, esta segunda mão da terceira pré-eliminatória oferecia uma margem de manobra segura, o que levou Vasco Matos a gerir a equipa, que se apresentou com sete alterações em relação ao jogo com o Famalicão, da primeira jornada da Liga.

Apesar das mudanças, o Santa Clara não teve qualquer problema em assumir o controlo absoluto do encontro com o Larne, adversário incipiente, incapaz de construir um lance de ataque, como demonstravam as estatísticas ao intervalo, sem remates ou cantos a favor. Apenas um cruzamento antes do intervalo.

O grande mérito do Larne foi ter mantido a baliza inviolável, apesar das incontáveis situações de golo iminente. O guarda-redes e a ineficácia dos açorianos mantinham tudo inalterado em relação à eliminatória, o que só interessava à equipa portuguesa, a quem, ainda assim, se exigia outra assertividade.

Ao intervalo, Vasco Matos fez duas alterações e a equipa esteve perto de marcar nos instantes iniciais, com Henrique Pereira a rematar à barra. O golo poderia ter surgido aos 55 minutos, mas nem o árbitro dinamarquês nem o VAR descortinaram um penálti claro de Randall sobre Pedro Ferreira.

Poupado, o Larne acabaria por transformar um jogo de sentido único num encontro mais repartido, com uma perdida soberana para se colocar em vantagem e com uma presença mais regular no ataque.

Nada que alterasse o perfil do jogo, que continuou com o Santa Clara a esbanjar e o Larne a resistir para sair de cabeça erguida.