Não imaginamos Cioran em Ibiza. Mas ele gostava da Espanha, do temperamento espanhol, dos místicos espanhóis. E do clima. Este diário, brevíssimo mas não menor, iniciado em finais de Julho de 1966 e terminado um mês depois, não quer ser um diário de férias. Logo nas primeiras páginas temos as habituais insónias, os desejos suicidas e o “abismar-se” como vocação para o abismo. Mesmo em Ibiza (mais exactamente, Talamanca), Cioran é Cioran. E o franco-romeno tornou-se conhecido pelo seu sentimento trágico de vida (um título de Unamuno), não pela joie de vivre.

SubscreverJá é Subscritor?Faça login e continue a lerInserir CódigoComprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler