Ronnie James Dio encarou um dos maiores desafios do rock: substituir Ozzy Osbourne no Black Sabbath. Tarefa ingrata para qualquer mortal, mas o vocalista conseguiu revitalizar a banda e conquistar um espaço eterno na história do heavy metal. Antes de entrar para o Sabbath, já ostentava duas décadas de experiência e uma reputação de frontman poderoso, o que lhe permitiu assumir o posto com naturalidade.
Dio – Mais NovidadesFoto: S Bukley @ www.depositphotos.com
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Sua passagem pelo grupo durou apenas três álbuns, mas é considerada por muitos como uma das fases mais inspiradas da discografia. Após sua primeira saída em 1982, Dio retornou ao Sabbath em 1991 para gravar “Dehumanizer”, mas deixou o grupo novamente no ano seguinte, após desentendimentos sobre a turnê. Dio seguiu em carreira solo, explorando sua criatividade sem amarras. Anos depois, Dio se reuniria novamente com Tony Iommi, Geezer Butler e Vinny Appice para o projeto Heaven & Hell, que lançou um álbum de estúdio e fez diversas turnês entre 2006 e 2010.
Mas mesmo com a saída conturbada, ele nunca deixou de reconhecer a importância de seus ex-colegas, e a prova disso está em sua lista das cinco músicas favoritas de todos os tempos, divulgada ao Blabbermouth em 2009 e resgatada pela Far Out. Entre elas está “War Pigs”, clássico do Sabbath na era Ozzy. “As letras foram do Geezer [Butler]. Elas continuam relevantes, era um protesto contra quem provoca guerras, algo inédito na época. É um título estranho, mas muito inteligente. Musicalmente, foi escrita de forma brilhante”, explicou Dio.
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Outro marco citado por ele é “Smoke on the Water”, do Deep Purple, canção que considerava “uma das maiores de todos os tempos”. O ex-Rainbow exaltou a genialidade do riff criado por Ritchie Blackmore: “Qualquer um consegue tocar: é simples, mas magnífico. É uma das músicas mais clássicas que já ouvi, e me remete a um momento especial da minha vida”.
A lista também inclui “Nostradamus”, do Judas Priest, e “Spoonman”, do Soundgarden – escolha que surpreende, mas que Dio justificou pelo talento de Chris Cornell e pela forma como a banda mesclava influências do hard rock e heavy metal com um toque próprio. “É uma música diferente, escrita de forma única, mas com raízes claras no rock pesado”, comentou.
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Fechando a seleção, Dio destacou “Enter Sandman”, do Metallica, como um divisor de águas na carreira da banda: “É uma música perfeita, lançada no momento perfeito. Todos esperavam algo – talvez igual, talvez diferente – e eles entregaram algo muito diferente, e incrível”.
Assim, Dio não apenas demonstrou seu bom gosto, mas também sua humildade em reconhecer a grandeza de outros artistas. Mais do que um vocalista lendário, foi um verdadeiro apreciador do rock em todas as suas vertentes, eternizando-se não apenas pelo que cantou, mas também pela forma como soube valorizar seus pares.
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