O longa narra as aventuras de uma infanta espanhola que conheceu o príncipe de Portugal com apenas dez anos e se decepcionou com o futuro marido. “É um filme que narra de um jeito hilário, com personagens incríveis e figurinos impecáveis”, avalia Vitor Búrigo no Plano Geral.
Para a produtora Bianca de Felippes, que trabalhou no longa, a linguagem do filme de 1995 segue “original e única”. “O cinema encaretou em muitos aspectos, e o ‘Carlota’ tem essa aura do humor, do pitoresco, da chanchada brasileira e de uma certa relação com o sexo”, diz em entrevista ao videocast. “O filme não envelheceu; continua muito atual, e por isso veio a nossa vontade de relançá-lo”.
Flavia Guerra destaca que o filme foi “historicamente muito emocionante” no seu lançamento. “Estávamos em uma terra arrasada. O Brasil chegou a fazer um filme por ano depois que o governo Collor fechou a Embracine [Empresa Brasileira de Cinemas]”, lembra. “O lançamento de ‘Carlota’ foi marcante; um fenômeno cultural de muita força”.
Segundo a jornalista, o filme continua “lindo, ótimo e atual”, mesmo após 30 anos de seu lançamento. “Diz muito sobre a formação do Brasil e como as elites veem o país. E com muito humor; com um toque genial da diretora, Carla Camurati”.
É a história do Brasil sendo contada ali, ainda que seja uma ficção (…) Um filme que marcou a história do cinema brasileiro; foi a retomada do nosso cinema Vitor Búrigo
Já a própria Carla Camurati destaca a forma lúdica como o filme é contato e —por isso mesmo— consegue alcançar diferentes idades. “Ele tem uma coisa lúdica que é saborosa para qualquer idade. Não é arrogante nem pretensioso; está ali para divertir e contar uma história com fatos reais, mas de uma maneira irreverente”, afirma ao Plano Geral.