Ruben Amorim encontrou uma forma eficaz de o parar, ou é a qualidade da Premier League que lhe dificulta mais a vida. Segue jogo para sabermos

Não há grande volta a dar: foi má a estreia de Viktor Gyökeres no melhor campeonato do mundo, onde a dureza dos duelos o atirou quase sempre para fora de pé no jogo contra o Manchester United de Ruben Amorim.

Alegria para o Arsenal, claro, que entrou a ganhar na casa de um dos maiores rivais, mas sensações negativas para o maior reforço dos Gunners, que chegou ao Emirates depois da já bem conhecida novela que até o levou a faltar uma semana ao trabalho no Sporting.

Com mais ou menos humor nas redes sociais, houve quem notasse que o sueco tocou mais vezes no cabelo do que na bola, num claro sinal de apagão do jogador que “destruiu” Portugal em duas épocas. Pior que isso, quando lhe tocou não foi para acrescentar nada por aí além.

De acordo com o portal de estatísticas Goal Point, Gyökeres teve a segunda pior pontuação de todos os 16 jogadores utilizados por Mikel Arteta, tendo mesmo sido a pior dos 11 jogadores titulares.

Indo mais fundo, o sueco não somou qualquer ação para remate ou drible, tendo saído ao minuto 60. Duas coisas a que quem se habituou a ver o avançado em Portugal não está acostumado.

Sintomático de tudo isto é um dos últimos lances de Gyökeres no jogo. Recebeu de campo aberto na esquerda e com apenas um defesa pela frente, mas acabou a atrapalhar-se e a perder a bola. Na ânsia de a recuperar, acabou a fazer falta.

Além disso, e num futebol que é muito mais físico, Gyökeres venceu apenas três dos 13 duelos em que se envolveu, acabando inevitavelmente engolido por um De Ligt altamente concentrado.

Nota ainda para o facto de ter perdido 11 das 21 posses de bola que teve, uma delas no tal momento em que se atrapalhou. Resumindo: não correu bem, mesmo nada bem.

Ciente de que o avançado tem de render, o treinador saiu em defesa de Gyökeres: “Fez muitas coisas boas, estou feliz”, afirmou Mikel Arteta após os 90 minutos.

“Podemos perceber na nossa pressão alta e no ritmo que exigimos, há coisas que precisam de ser trabalhadas. Vir ao Manchester United e ter uma vitória no primeiro jogo é um grande começo”, acrescentou o treinador espanhol.

Gyökeres terá, naturalmente, mais oportunidades para mostrar ao que veio, ele que decidiu utilizar a camisola com o mítico 14 de Thierry Henry nas costas. Agora tem de trabalhar para mostrar porquê.