O Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida, é um medicamento injetável usado no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2. A velocidade de perda de peso varia muito de pessoa para pessoa, porque depende do metabolismo, do peso inicial, da alimentação, do nível de atividade física e da resposta individual ao remédio.
“De forma geral, nos primeiros meses de uso, especialmente quando há bastante peso a perder, podemos ver reduções médias de 5% a 7% do peso inicial nos primeiros três meses. Em um único mês, isso pode representar de 3 a 7 quilos para quem tem obesidade, mas o mais importante é que a perda seja contínua e sustentável, não apenas rápida”, explica a Dra. Tassiane Alvarenga, endocrinologista e Metabologista pela SBEM.
A médica ainda destaca: “‘A comparação é o ladrão da alegria’. Cada pessoa é única e tem seu ritmo”.
Como é possível atingir essa perda?
O Mounjaro age em circuitos do cérebro ligados à fome, saciedade e recompensa, ajudando a reduzir o apetite e a vontade de comer fora de hora. “Mounjaro silencia o Food Noise, o barulho que a comida faz no cérebro. Mas ele não faz todo o trabalho sozinho”, diz.
- Para potencializar os resultados, é fundamental:
- Ajustar a alimentação, priorizando proteínas e vegetais;
- Manter uma rotina de atividade física regular;
- Cuidar do sono e do manejo do estresse;
- Fazer o acompanhamento médico de perto, para ajustar dose e estratégia conforme a resposta.
Quais são os efeitos colaterais do Mounjaro?
Os mais comuns são náusea, dor abdominal, constipação ou diarreia, especialmente nas primeiras semanas ou quando a dose é aumentada. Em geral, eles tendem a melhorar com o tempo e podem ser minimizados com ajustes na alimentação e no ritmo de progressão da dose.
“Efeitos mais raros incluem pancreatite, alteração no esvaziamento gástrico e reações no local da aplicação. Por isso, acompanhamento médico é indispensável”, complementa a especialista.
Quem não deve tomar esse medicamento?
Ele não deve ser usado por pessoas com histórico pessoal ou familiar de carcinoma medular de tireoide ou síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (MEN2).
Também não é indicado para gestantes, lactantes ou para quem já teve pancreatite grave sem avaliação criteriosa.
“Quem tem outras doenças crônicas, uso de múltiplos medicamentos ou histórico de alergia deve conversar com o médico para avaliar riscos e benefícios antes de iniciar”, conclui a endocrinologista.