O presidente norte-americano, Donald Trump, recebe esta segunda-feira na Casa Branca Volodymyr Zelensky e os líderes europeus, incluindo Ursula von der Leyen e Mark Rutte, três dias após a cimeira bilateral com o presidente russo Vladimir Putin, no Alasca. Trump reúne-se com Zelensky às 13h15 locais (18h15
em Lisboa), na Sala Oval, e depois com os líderes europeus às 15h00 (20h00 em Lisboa), na Sala Leste da Casa Branca.
“Grande dia na Casa Branca”
Numa das suas publicações na rede Truth Social, Donald Trump, escreveu que o encontro desta
segunda-feira representa uma “grande honra para a
América”.
“Nunca recebemos tantos líderes europeus ao mesmo tempo”, escreveu Trump, enquanto se prepara para receber Emmanuel Macron, Keir Starmer, Georgia Meloni, Friedrich Merz, Alexander Stubb, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.
A poucas horas da reunião com Zelensky e os líderes europeus, Trump pressionou o presidente da Ucrânia através de uma publicação na Truth Social, numa altura das negociações em que Kiev recusa categoricamente qualquer “cessão” de territórios.
“O presidente ucraniano, Zelensky, pode pôr fim à guerra com a Rússia quase imediatamente, se quiser, ou pode continuar a lutar. Lembrem-se de como tudo começou. Não há hipótese de recuperar a Crimeia cedida por Obama (há 12 anos, sem que um único tiro fosse disparado) e NÃO HÁ HIPÓTESE DE A UCRÂNIA ENTRAR NA NATO”, escreveu Trump, empurrando a decisão para as mãos de Zelensky.
“Ataque russo demonstrativo e cínico”
O presidente ucraniano denunciou esta segunda-feira o “ataque russo demonstrativo e cínico” em Khakiv, que causou a morte a sete pessoas, incluindo pelo menos uma criança. De acordo com Zelensky, os russos “sabem que hoje (segunda-feira) se realiza uma reunião em Washington para discutir o fim da guerra”.
This was a demonstrative and cynical Russian strike. They are aware that a meeting is taking place today in Washington that will address the end of the war.We will have a discussion with President Trump about key issues. Along with Ukraine, the leaders of the United Kingdom,… pic.twitter.com/p62L8tAKx5
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 18, 2025
“Todos aspiram a uma paz digna e a uma verdadeira segurança. No entanto, neste preciso momento, os russos estão a atacar Kharkiv, Zaporijia, a região de Sumy e Odessa, destruindo edifícios residenciais e as nossas infraestruturas civis”, prossegue Zelensky, insistindo uma vez mais na necessidade de “pôr fim à guerra” na Ucrânia.
Trump tem força para forçar paz na Ucrânia
À chegada a Washington, no domingo à noite, o presidente ucraniano afirmou que esperava que a “força unida” da Ucrânia com os seus homólogos europeus e norte-americanos obrigassem Moscovo a aceitar a paz.
“Estou grato ao presidente dos Estados Unidos pelo convite. Todos nós queremos igualmente pôr fim a esta guerra de forma rápida e fiável”, escreveu o líder ucraniano, na rede social Telegram. “E espero que a nossa força unida com a América e com os nossos amigos europeus obrigue a Rússia a aceitar uma paz verdadeira”.
Após a reunião em Washington com o enviado americano para a Ucrânia, General Kellogg, e a poucas horas da reunião entre os líderes da Ucrânia e dos EUA, o presidente ucraniano exortou o presidente Donald Trump a instaurar “a paz pela força” contra a Rússia.
I thank @GeneralKellogg for the meeting and for the joint work with our team. President Trump invited Ukraine and other European countries to Washington today – this is the first meeting in such a format, and it is very serious.When peace is discussed for one country in Europe,… pic.twitter.com/ZMZaIzAghD
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 18, 2025
“A Rússia só pode ser forçada à paz através da força, e o presidente Trump tem essa força”, afirmou Zelensky na rede social X.