Três anos depois, o FC Porto voltou a vencer em Barcelos, superando, por 0-2, um Gil Vicente que ainda esboçou uma reacção no fim da primeira parte, mas que se revelou demasiado curta para travar a marcha do novo “dragão” de Francesco Farioli.
Froholdt (20′) e Pepê (47′) foram os portistas em destaque com duas finalizações que decidiram a noite que fechou a 2.ª jornada da Liga e colocou os portistas no lote das equipas só com triunfos. Uma vitória sem contestação, mas que deixou mais uma marca nos “azuis e brancos”, que perderam Samu.
O Gil Vicente esperou pelo FC Porto, pressionando perto da área a saída do adversário, com seis unidades, em 4x4x2, pelo que o primeiro sinal de relativo perigo só surgiu num livre frontal mas longe do alvo de Bermejo (17′).
Até esse instante, controlo absoluto do FC Porto. Domínio, contudo, sem correspondência em termos de oportunidades claras criadas, apesar de alguns movimentos reveladores de que os “azuis e brancos” só precisavam de manter o critério e a paciência.
Francesco Farioli fez apenas uma alteração relativamente ao encontro com o Vitória SC, no Dragão, com Zaidu a surgir no corredor esquerdo. Uma troca forçada pela lesão de Martim Fernandes.
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Quanto a Rodrigo Mora, nada de novo. O técnico manteve a fórmula que lhe tem garantido um percurso limpo desde o início da pré-época, apesar de estar pela primeira vez a jogar como visitante.
Na equipa continua outro jovem, o dinamarquês Froholdt, o novo menino bonito dos “dragões” que aproveitou para se estrear a marcar em jogos oficiais. Um golo de cabeça, ao primeiro poste, na sequência de um canto que surpreendeu os gilistas aos 20 minutos.
Demasiado cedo para os planos dos gilistas, compelidos a dividir mais a despesa. Um dilema acentuado pela tensão criada em dois momentos consecutivos por Samu, com o avançado espanhol na iminência de elevar a fasquia (24′), e Pepê (26′).
Samu chama De Jong
Samu não marcou e também não voltaria a ter mais oportunidades, tendo sido afastado do jogo por lesão muscular. Momento que proporcionou mais minutos ao neerlandês Luuk de Jong, depois dos sete finais no jogo da primeira ronda.
O jogo entrava no último quarto de hora da primeira parte, período em que o FC Porto experimentou dificuldades inesperadas, sobretudo em dois lances em que a bola ameaçou as redes de Diogo Costa.
Na mais iminente, valeu Froholdt a “varrer” junto à linha de golo. Os nervos e o descontrolo emocional de Diogo Costa, a queixar-se de carga de Buatu no momento mais crítico dos portistas, reavivavam o sentimento de impotência dos “dragões” nas duas últimas deslocações a Barcelos, onde na época passada sofreram uma derrota que levaria ao despedimento do treinador Vítor Bruno.
Aliás, o remate de Pepê (26′) foi o último do FC Porto antes do intervalo, tendo os gilistas realizado cinco dos seis remates da equipa na primeira parte.
Pepê rápido
Mais um dado a justificar a intervenção de Farioli no sentido de recolocar a equipa nos carris. Dito e feito! O FC Porto marcou logo no recomeço, com Pepê (47′) a vincar o início de campanha positivo.
O brasileiro surgiu a emendar um cruzamento atrasado de Zaidu, obrigando César Peixoto a recorrer mais cedo ao banco para intervir no lado esquerdo, precisamente onde reinavam Froholdt e Pepê, os autores dos golos.
O FC Porto conseguia uma vantagem importante para tranquilizar a equipa e restaurar a autoridade com que iniciou a noite. A partir daí, o Gil Vicente acusou a exigência e sentiu enormes problemas para travar um FC Porto que preenchia o campo e surgia em sucessivas vagas na zona de finalização.
Pepê fez o segundo dos dragões ??#sporttvportugal #LIGAnaSPORTTV #LigaPortugalBetclic #gilvicente #fcporto #betanolp pic.twitter.com/9Sx8c3h4aR
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Faltou, contudo, uma maior eficácia aos comandados de Farioli, com, entre outros, Luuk de Jong a desperdiçar uma boa ocasião para marcar o seu território.
Mora a agitar
Com o jogo a caminhar para um final previsível, Farioli lançou Rodrigo Mora. Um trunfo relevante para travar uma última tentativa local de reduzir a diferença para ainda poder relançar o jogo.
Mora correspondeu, ficou muito perto de marcar nos descontos, ajudando o FC Porto a controlar os ímpetos gilistas e a garantir o segundo triunfo na Liga e um lugar entre os intocáveis.