A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 39 anos suspeito de atear oito fogos em apenas seis dias na Serra de Todo Mundo, que abrange os concelhos do Cadaval, distrito de Lisboa, e Caldas da Rainha, distrito de Leiria. Ficou em prisão preventiva.

Os crimes terão acontecido entre os dias 6 e 12 de Agosto, datas em que o território nacional estava a ser afectado por uma onda de calor e a registar temperaturas acima da média para a época do ano. O homem terá usado “chama directa para atear os fogos, agindo por motivos fúteis”, descreve a PJ em comunicado.

A área total ardida na sequência dos alegados crimes ainda não está apurada, adianta a PJ, mas é sobretudo composta por plantações de eucaliptos, particularmente inflamáveis, e outras espécies. Além da destruição da floresta, “existiu um forte perigo de propagação das chamas às populações circundantes”, que acabou por ser evitada a tempo pela “detecção precoce” e “combate rápido” dos bombeiros das corporações do Cadaval e das Caldas da Rainha.

O homem de 39 anos foi identificado pela PJ depois da participação das ocorrências. Ficou em prisão preventiva como medida de coação depois do primeiro interrogatório judicial.

Já na semana passada, foi detido outro indivíduo, de 58 anos, por suspeita de ter ateado seis incêndios no concelho de Pinhel (distrito da Guarda). O suspeito ficou em prisão preventiva a aguardar julgamento. Segundo a PJ, o homem justificou os actos com os seus problemas de alcoolismo e de saúde mental.

Também este mês, a Lusa noticiou que o Programa de Reabilitação para Incendiários anunciado em 2018 ainda não foi implementado nas prisões onde, àquela data, estavam 86 pessoas presas pelo crime de incêndio florestal.