A dívida externa líquida portuguesa recuou para 43,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre, o rácio mais baixo desde Dezembro de 2024, somando 126.700 milhões de euros, anunciou esta terça-feira o Banco de Portugal (BdP).
Este valor compara com a dívida de 126.300 milhões de euros registada no final de 2024, equivalente a 44,3% do PIB.
Numa nota divulgada esta terça-feira, o BdP regista ainda que a Posição de Investimento Internacional (PII) de Portugal – isto é, o saldo entre os activos financeiros sobre o exterior detidos por residentes e os passivos emitidos por residentes e detidos pelo resto do mundo – passou de -59,2% do PIB (-168.700 milhões de euros) no final de 2024 para -58,7% do PIB (-171.600 milhões de euros) no final de Junho de 2025.
De acordo com o banco central, para esta variação da posição de investimento internacional de Portugal contribuíram, por um lado, o saldo positivo da balança financeira de 2500 milhões de euros e as variações de preços positivas de 300 milhões de euros, devidas à valorização dos activos financeiros (de 8800 milhões de euros, com destaque para o ouro detido pelo banco central) e à valorização dos passivos (de 8600 milhões de euros, principalmente das participações no capital).
Por outro lado, reflectiu as variações cambiais negativas, de 5500 milhões de euros, principalmente justificadas pela depreciação do dólar dos EUA, e outros ajustamentos, no valor de -200 milhões de euros.
Segundo o BdP, da redução de 0,5 pontos percentuais no rácio negativo da PII no PIB, 1,5 pontos percentuais resultaram do crescimento do PIB, e -1,0 pontos percentuais da variação nominal da PII.