19 de agosto de 2025 – 16:29
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Ascom Sesa – Texto e Foto


A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) realizou, nesta terça-feira (19), a entrega de 84 bombas costais motorizadas para as Coordenadorias Regionais Descentralizadas de Saúde (COADS). Os equipamentos são fundamentais para o bloqueio de transmissão de arboviroses urbanas, como dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Com a entrega, o Governo do Ceará reforça as estratégias de controle vetorial, garantindo maior agilidade e eficiência no enfrentamento de surtos e no apoio às equipes de campo nos territórios cearenses. O investimento do Estado na aquisição das bombas costais motorizadas totaliza R$ 390 mil, provenientes do Tesouro Estadual.

Regionalização da Saúde
O secretário executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, Antônio Silva Lima Neto (Tanta), ressaltou a importância de se promover a autonomia entre superintendências e municípios do estado. “A descentralização das bombas costais é muito importante para o caso de haver surtos localizados e ser necessário agir rápida e oportunamente, para que você impeça uma dispersão maior de um surto de dengue ou de chikungunya, por exemplo, para áreas maiores e mais populosas. Isso está de acordo com o processo de regionalização, que é dar maior autonomia às nossas regionais”, afirmou, pontuando a distribuição do equipamento nas regiões de saúde do Ceará.

Nesse sentido, o gestor destacou ser fundamental contar com planos de contingência, como distribuir equipamentos adequados e promover o conhecimento necessário sobre como utilizá-los. “O Brasil viveu, nos últimos anos, grandes epidemias. A cada vez que a gente observa isso, fica muito evidente que se tem que ter uma certa homogeneidade na sua capacidade de preparação e resposta, e isso está dentro dos planos de contingência, tanto do Estado quanto dos municípios”.

Tanta destaca, ainda, a relevância da participação da comunidade na prevenção e combate de arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti. “A gente lembra que o mosquito da dengue e chikungunya vive em casa — ou dentro de casa, ou no quintal. É impossível diminuir a infestação dele sem trabalhar com a população. Os agentes não podem estar sempre nas casas”.

Segundo o secretário, esse controle precisa ser feito levando em conta um conjunto de ações. “Essa ação de controle vetorial, que envolve uma bomba costal, é uma. Ao mesmo tempo, tem um agente de casa em casa à procura de criadouros. E tem aquela ação estratégica da população a cada dia, tentando evitar que criadouros se instalem nas suas residências, que é um problema sério, sobretudo do lixo doméstico nos quintais”, pontuou o secretário.

A principal forma de prevenção contra o Aedes aegypti continua sendo a eliminação de locais que possam acumular água e servir de criadouro para o mosquito. A população tem papel essencial nesse processo, adotando medidas simples no dia a dia.

3º Simpósio de Zoonoses, Entomologia e Controle de Vetores

As entregas dos equipamentos foram efetuadas durante o 3º Simpósio de Zoonoses, Entomologia e Controle de Vetores com foco na abordagem integrada de “Uma Só Saúde”, realizado entre 18 e 19 de agosto, na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP – CE). O evento teve como objetivo promover o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre profissionais da saúde, pesquisadores e gestores, fortalecendo as ações de vigilância, prevenção e controle de zoonoses, doenças de transmissão vetorial e acidentes causados por animais peçonhentos.