Maria Carol Rebello interpreta Olga em novela – Divulgação
Maria Carol Rebello interpreta Olga em novela Divulgação
Publicado 20/08/2025 05:00 | Atualizado 20/08/2025 09:04
Rio – Aos 42 anos, Maria Carol Rebello chama atenção em “Êta Mundo Melhor!”, da TV Globo, ao revisitar a personagem Olga, de “Êta Mundo Bom!” (2016). Casada com Dr. Araújo (Flávio Tolezani), a personagem enfrenta dificuldades financeiras para custear o tratamento do enteado, Claudinho (Xande Valois), que está nos Estados Unidos, para que ele possa recuperar a capacidade de andar.
“Na primeira trama, Olga desenvolveu um amor profundo pelo menino Claudinho, se entregando totalmente ao tratamento e à cura da criança. Agora, apesar de ser uma continuação, é uma nova novela, então a personagem vai demonstrar outras características”, explica a atriz.
Nesta fase, Olga revela um lado ambicioso e incentiva o marido a apoiar desvios de dinheiro da fábrica de Candinho (Sergio Guizé). Já na história anterior, a personagem era babá do filho de Araújo, que acabou envolvido em um golpe e preso.
Depois de cumprir pena, ele pediu Olga em casamento e prometeu recomeçar uma nova vida ao lado dela e do filho. “Eles criaram uma cumplicidade pela cura do menino. Agora retomam com essa cumplicidade ainda muito latente, mas também vão mostrar desejo e ambição, e como isso os une como casal”, comenta Maria.
A atriz nota diferenças em sua atuação hoje em comparação a 2016: “Na época, ainda não tinha experimentado a direção, então hoje consigo ter uma visão mais específica na hora de atuar. E não posso deixar de sentir a saudade imensa do meu tio (o ator e diretor Jorge Fernando, que morreu em 2019), nos corredores dos Estúdios Globo”.
Inclusive, Maria Carol foi responsável pela homenagem a Jorge Fernando, que foi diretor geral e de núcleo de “Êta Mundo Bom”, incorporada ao roteiro por Walcyr Carrasco e Mauro Wilson. Em uma cena simbólica, Olga menciona ter sonhado com um tio chamado Jorge, que lhe deu um conselho.
Fora da ficção, a artista atravessa um período de reconstrução emocional. Além de Jorge Fernando, se despediu da avó, a atriz Hilda Rebello (1924-2019), e, mais recentemente, do irmão João Rebello, assassinado por engano em 2024, na Bahia. Maria Carol confessa que a atuação é um de seus pilares no enfrentamento do luto: “A arte me educou e segue me salvando. Além disso, tive uma educação espiritual no terreiro de umbanda da minha avó e do meu avô”, desabafa.
Ela lembra que o convite para voltar à novela da TV Globo chegou em um dia marcante: “Eu recebi o convite de manhã e aceitei. Não deu tempo de contar ao meu irmão, que ficaria muito feliz com esse meu trabalho. Nós éramos fãs um do outro. Meu irmão morreu à noite no mesmo dia”, revela.
O apoio da família, especialmente da filha Manoa e do sobrinho Branco João – filho do irmão falecido – tem sido fundamental para a atriz. “Os meninos tiveram a mesma educação que eu e meu irmão. Quero deixar para eles amor, liberdade, respeito ao próximo e expressão artística”, afirma.
Novos projetos
Além de atuar na novela, Maria Carol finaliza o documentário “Fôlego”, previsto para outubro, no qual revisita a trajetória da família, formada por artistas e marcada pelo legado circense e espiritual.
“Vocês vão ver a história de uma família que une o legado espiritual, o legado artístico, e principalmente muito amor e a liberdade de cada um poder se expressar”, conta.
A artista ainda explica o significado do nome do projeto. “Não preciso de força, preciso de fôlego, e esse é o nome do meu documentário. O que me dá fôlego é saber que tenho um legado artístico, o show tem que continuar”, completa.
Sobre os novos trabalhos, ela adianta: “Dirigi e produzi um musical infantil em homenagem ao meu tio, ‘O Menino do Olho Azul’. Estou captando patrocínio para remontá-lo em 2026. Além disso, tenho outro projeto para dirigir no teatro, a adaptação do livro ‘Presos que Menstruam’, da Nana Queiroz”.