A relação entre fé e fama tem levado algumas figuras públicas a manifestarem o desejo de fundar suas próprias igrejas ou iniciativas religiosas. Para além dos palcos e das redes sociais, esses nomes conhecidos têm buscado transformar suas experiências pessoais em espaços de acolhimento espiritual.
- Vestido de noiva vira destaque em ensaio fotográfico após traição: ‘Nova história’
- Por que famosas escondem procedimentos estéticos? Especialistas explicam contratos de sigilo
Um dos casos mais emblemáticos é o de Andressa Urach, que já afirmou em entrevistas que pretende fundar uma igreja “só para pecadores” e atuar como pastora nos próximos anos. Ela destaca que não pretende viver de dízimos, mas financiar o projeto com recursos próprios, criando um ambiente inclusivo e sem as rigidezes que afirma ter encontrado em instituições religiosas tradicionais. Recentemente, a modelo chegou a anunciar que mulheres trans fariam parte da equipe de obreiras em sua futura igreja.
A cantora Ludmilla também se envolveu em iniciativas religiosas. Em 2020, criou a Big Célula da Lud, grupo dedicado a encontros de oração e estudos bíblicos realizados em sua casa. O projeto surgiu após uma experiência pessoal marcante e foi concebido como um espaço de acolhimento. Em 2024, a artista deu um passo ainda maior: comprou o prédio onde funcionava a congregação que frequentava, no Rio de Janeiro, e doou o espaço à comunidade, garantindo à igreja uma sede própria.
Outro caso que chama atenção é o da ex-atriz Giselle Policarpo, que deixou a carreira artística para se dedicar integralmente à fé. Em entrevistas, ela contou que recebeu seu chamado religioso durante a gravidez e, desde 2020, lidera, ao lado do marido, uma unidade da Igreja Bola de Neve em Niterói (RJ), exercendo um papel pastoral ativo.
Entre essas vozes que levam o debate sobre fé para além das instituições convencionais está também Suellen Carey. A influenciadora compartilhou recentemente um vídeo de seu batismo em uma igreja evangélica em Londres. O momento, que deveria ser marcado apenas por emoção, foi antecedido por dificuldades. “Tive que pesquisar, entrar em fila e esperar muito até conseguir”, relatou.
- Após batismo, influencer nega destransição e reforça identidade de gênero
- Influencer trans rebate críticas por presentear amigo com Bíblia: ‘Minha fé não anula quem eu sou’
Suellen também revelou que enfrentou resistência durante o processo, inclusive ouvindo comentários de que precisaria “desfazer sua transição” para ser plenamente aceita. Diante dessa experiência, refletiu sobre a possibilidade de criar seu próprio espaço religioso.
Giselle Policarpo, Andressa Urach, Ludmilla e Suellen Carey — Foto: Reprodução Instagram
“Depois do que passei, pensei que talvez o melhor fosse montar a minha igreja e me tornar pastora, para acolher quem já se sentiu rejeitado como eu”, afirmou.
Assim como outras celebridades, Suellen vê a fé como parte indissociável de sua trajetória e levanta uma questão cada vez mais presente: a busca por espaços religiosos que sejam inclusivos, respeitem diferentes histórias de vida e dialoguem com públicos que não se veem representados nos moldes tradicionais.