Imagem: Guilherme Ramos / Divulgação DHL
A Levu Air Cargo, primeira operadora de jatos Airbus A321 cargueiros no Brasil, enfrenta um agravamento em sua situação operacional: sua única aeronave está atualmente impedida de voar pela ANAC.
A companhia foi lançada em parceria com a DHL e com apoio da europeia SmartLynx, e realizou apenas um voo — de Campinas (Viracopos) para Manaus — em dezembro de 2024. No entanto, o A321PCF, primeiro cargueiro do tipo a operar no Brasil, sofreu uma pane e permaneceu estacionado no aeroporto de Manaus até 10 de maio de 2025.
Com matrícula PS-LVU, o jato foi transferido para São José dos Campos (SP), onde está sendo submetido a manutenção nas instalações da DIGEX. Contudo, agora a aeronave está oficialmente impedida de voar. A situação foi inicialmente alertada por um leitor do AEROIN e posteriormente confirmada através do sistema da própria ANAC.
De acordo com os registros, o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) do A321 foi suspenso devido a “situação técnica irregular”. Isso impede qualquer operação aérea, e planos de voo submetidos ao DECEA não serão aceitos enquanto o certificado não for regularizado.
É importante destacar que, durante manutenções prolongadas, é comum que determinadas documentações expirem. Nesses casos, o processo de manutenção pode continuar, desde que a documentação seja renovada antes do retorno da aeronave às operações.
Nas últimas semanas, surgiram rumores de fontes duvidosas sobre um possível retorno da Levu Air Cargo sob o comando de Germán Efromovich, ex-proprietário da Avianca e da Avianca Brasil (antiga OceanAir). A informação teria partido do deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ), já condenado por crime contra a segurança aérea ao fechar um aeroporto com carros da prefeitura quando era prefeito de Maricá (RJ).
A declaração do político condenado contrasta com o que a SmartLynx — empresa proprietária do A321 — informou com exclusividade ao AEROIN meses atrás: todos os cargueiros da empresa seriam retirados do portfólio.
Apesar do cenário atual, a Levu afirma que pretende retomar suas operações após a conclusão dos reparos no A321 em São José dos Campos e ainda planeja adquirir uma segunda aeronave. No entanto, até o momento, a empresa não apresentou nenhum pedido formal à ANAC que indique um retorno próximo.