“No dia 18 de setembro, eu vou apresentar ao país um ‘Governo-sombra’ que nunca foi apresentado em Portugal, nunca, nunca foi apresentado em Portugal”, garantiu André Ventura, deputado e líder do Chega, em entrevista ao canal Now, na noite de 19 de agosto.
Destacou também que “vocês vão ver gente que não é do cartão partidário, dos amigos, do círculo de amigos do Chiado… Não, é gente competente, com vontade de mudar o país. É essa a mudança que eu quero trazer”.
Confirma-se que é uma iniciativa inédita na política portuguesa?
Não. Na realidade, ao longo dos tempos, vários líderes dos maiores partidos (PSD e PS) formaram “Governos-sombra” nos períodos de oposição, mais ou menos formais.
Com destaque para o período de liderança do PSD por José Manuel Durão Barroso, que esteve na oposição ao Governo do PS (liderado por António Guterres) entre 1999 e 2002, até à vitória nas eleições legislativas e subsequente tomada de posse do cargo de Primeiro-Ministro.
Durante esses cerca de dois anos e meio em que liderou o PSD na oposição, Durão Barroso constituiu um “Governo-sombra” que até tinha praticamente uma estrutura formal no interior do partido.
Ou mais exatamente, a partir de abril de 2020, quando a RTP chegou a noticiar (com imagens captadas numa sala da sede nacional, na São Caetano à Lapa, em Lisboa) a primeira reunião de Durão Barroso com o “Governo-sombra” do seu partido.
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