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Esta manhã, apoiantes do Climáximo colaram na fachada da Navigator imagens alusivas aos incêndios que estão a devastar o norte e centro do país neste verão, acusando a empresa de estar “a matar, a incendiar casas e a deitar fogo à floresta, numa guerra aberta contra a humanidade e o planeta”.

Segundo comunicado enviado às redações esta ação acontece no mesmo dia em que várias manifestações têm lugar na Galiza contra uma “política florestal que queima os nossos montes e as nossas casas”.

Leonor Canadas, apoiante do Climáximo e engenheira agrónoma, afirma que “Governos, Navigator, Altri, Galp e EDP matam e despejam todos os anos centenas de pessoas, através de ações coordenadas e conscientes para, por um lado, continuar a queimar combustíveis fósseis, levando ao aumento da temperatura, e, no caso das celuloses, transformar a floresta em eucaliptal inflamável. Tudo para manterem os seus lucros, num contexto de desigualdade cada vez maior entre os que tudo têm e todas as outras pessoas que, cada vez mais, lutam todos os dias pela sobrevivência”.

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“Os sucessivos governos insistem em atirar-nos areia aos olhos com o aumento de medidas securitárias contra incendiários, que ignoram todo o contexto no qual estes incêndios acontecem: um contexto de colapso climático, com ondas de calor e secas cada vez mais intensas e frequentes, que, juntamente com o abandono do meio rural e a monocultura do eucalipto transformam o território numa bomba relógio que explode todos os verões,” afirma Leonor. “A indústria da celulose e as empresas de combustíveis fósseis como a Galp e EDP fazem lucros recorde enquanto as suas emissões levam a recordes de temperatura e milhares de pessoas mortas em ondas de calor: se querem criminosos, é aí que devem procurá-los”.

O coletivo afirma que as aldeias foram deixadas ao abandono, sem os recursos necessários para travar os fogos infernais. Apela a que todas as pessoas em Lisboa e restantes cidades mostrem que não consentem com este ataque às populações, e que se juntem ao apelo da iniciativa popular “Emergência Florestal – Floresta do Futuro”, saíndo à rua dia 20 de setembro para “Deseucaliptar, Descarbonizar, Democratizar”. Esta rede convocou manifestações por todo o país, dado os incêndios brutais e juntando-se à mobilização global “Draw The Line / Delimite” em que “várias organizações, povos, comunidades e lideranças indígenas, da Amazónia ao Pacífico, nos convocam a retomarmos as rédeas do futuro, pois a única resposta somos nós: as pessoas”.