O melhor filme de todos os tempos será relançado nos cinemas brasileiros para celebrar 50 anos de sua estreia. Jeanne Dielman, clássico da diretora belga Chantal Akerman, foi o último vencedor da lista de 100 Melhores Filmes de Todos os Tempos, feita a cada dez anos pela Sight & Sound, e vai voltar a cartaz no Brasil em setembro.
A FILMICCA, que atualmente exibe o filme em streaming no Brasil, fará a distribuição do mesmo, com uma versão restaurada, nos cinemas em 11 de setembro, e para celebrar, encomendou um pôster inédito para a artista Daniela S. Nassetti. Veja abaixo.
Lançado em 1975, Jeanne Dielman acompanha a vida de uma mãe solteira (Delphine Seyrig como a personagem título) no dia a dia, tentando equilibrar os afazeres domésticos com trabalhos (alguns dos quais requerem que ela venda seu corpo) para sustentar sua casa e seu filho. Com olhar cuidadoso para o cotidiano, Chantal Akerman observa sua rotina e mostra, ao longo de três dias, como esta é lentamente destruída.
Contando ainda com Jan Decorte, Henri Storck, Jacques Doniol-Valcroze e Yves Bical em seu elenco, o filme foi exibido na Quinzena dos Cineastas no Festival de Cannes em maio de 1975, quando a cineasta Chantal tinha apenas 24 anos.
Jeanne Dielman foi eleito o Melhor Filme de Todos os Tempos pela Sight & Sound na edição de 2022 pesquisa feita pela revista a cada 10 anos, uma que envolve milhares de críticos de cinema de todo o mundo. Essa foi a primeira vez que um longa metragem feito por uma mulher assumiu o posto de #1. Veja o top 10 abaixo, e confira todos os filmes aqui.
1. “Jeanne Dielman, 23, quai du Commerce, 1080 Bruxel” (Chantal Akerman, 1975)
2. “Um Corpo Que Cai” (Alfred Hitchcock, 1958)
3. “Cidadão Kane” (Orson Welles, 1941)
4. “Era Uma Vez em Tóquio (Ozu Yasujiro, 1953)
5. “Amor à Flor da Pele, Wong Kar-wai, 2001)
6. “2001: Uma Odisseia no Espaço” (Stanley Kubrick, 1968)
7. “Bom Trabalho” (Claire Denis, 1998)
8. “Cidade dos Sonhos.” (David Lynch, 2001)
9. “Um homem com uma câmera” (Dziga Vertov, 1929)
10. “Cantando na Chuva” (Stanley Donen e Gene Kelly, 1951)